RESUMO Neste artigo, problematizamos os modos pelos quais o conceito de imagem vem sendo debatido, hoje, no seio dos estudos de gênero em educação. Para tanto, metodologicamente, da produção do Grupo de Trabalho (GT) 23 - Gênero, Sexualidade e Educação da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), de 2003 a 2015, analisamos os trabalhos que elegem a imagem como central, atentando para o modo como eles operam com esse conceito, instituindo-o sob os marcos do que chamamos de uma imagem-saber. Discutimos como a imagem, construída como instrumento que educa nossos corpos, acaba por instituir-se como uma ferramenta decisiva para o debate sobre as pedagogias de gênero e sexualidade, mas, ao mesmo tempo, para a construção e o fortalecimento de uma espécie de mística feminina contemporânea. Por fim, sugerimos, com a ajuda de autores como Didi-Huberman e Butler, outras relações teórico-metodológicas com as imagens, problematizando-as no lugar de onde nos convidam a criar outros modos de viver o gênero e a sexualidade.
ABSTRACT In this article, we discuss the ways in which the concept of image is being debated today, within gender studies in education. To do so, methodologically, from the production of GT 23 - Gender, Sexuality and Education of ANPEd, from 2003 to 2015, we analyzed the studies that elect image as central, observing the way they work with this concept, establishing the frames of what we call an image-knowledge. We discussed how the image, built as a tool that educate our bodies, eventually establishes itself as a decisive tool for the debate on the pedagogy of gender and sexuality, but, at the same time, for the construction and strengthening of a kind of contemporary feminine mystique. Finally, we suggested, with the help of authors such as Didi-Huberman and Butler, other theoretical-methodological relationships with images, questioning them in the place from where they invite us to create other ways of living gender and sexuality.
RESUMEN En este artículo problematizamos los modos por los cuales el concepto de imagen viene siendo debatido, en los días de hoy, en el núcleo de la crítica feminista en educación. Para eso, metodológicamente analizamos, de la producción del GT 23 - Género, Sexualidad y Educación de ANPED, de 2003 a 2015, los trabajos que eligen la imagen como foco, fijándose en el modo cómo ellos operan con este concepto, instituido bajo marcos que llamamos de una imagen-saber. Discutimos cómo la imagen construida como instrumento que educa nuestros cuerpos, termina por instituirse como una herramienta decisiva para el debate sobre las pedagogías de género y sexualidad, pero, al mismo tiempo, para la construcción y fortalecimiento de una especie de mística de la feminidad contemporánea. Por último, sugerimos, con la ayuda de autores como Didi-Huberman y Butler, otras relaciones teórico-metodológicas con las imágenes, problematizándolas desde un lugar que nos invita a crear otros modos de vivir el género y la sexualidad.