Uma amostra de 660 plantas de uma população F6 de tomateiro, obtida pelo cruzamento das cultivares CL5915-93 (moderadamente resistente) e IPA-6 (suscetível) foi avaliada para resistência a Ralstonia solanacearum em condições de campo (28 ± 4ºC e UR 70 ± 5,5%), em março de 1996 na UFRPE. Plantas com 20 dias foram inoculadas com a biovar III do patógeno pela deposição de 5 ml de uma suspensão (5x10(8) UFC/ml) na base de cada planta, duas horas antes do transplantio para canteiros no campo. As avaliações foram realizadas em intervalos semanais até os 70 dias após inoculação. No final do ciclo da cultura foram selecionadas 151 plantas que não apresentaram sintomas e desse material, uma progênie foi retrocruzada com a cultivar IPA-6. Em casa-de-vegetação, 40 progênies (geração F2) resultantes deste retrocruzamento foram selecionadas para resistência, em setembro de 1997 (35±5,5ºC e UR de 77±2,5%). A metodologia de inoculação foi a mesma descrita anteriormente. As avaliações foram realizadas aos quatro, sete, dez, treze e 16 dias após a inoculação, estimando-se a incidência e severidade da doença. Foi também avaliado o comportamento de resistência das plantas através dos períodos de incubação e latência. Vinte e oito dias após a inoculação, avaliou-se ainda a existência de infecção latente nas progênies resistentes, pela presença de escurecimento dos vasos e isolamento do patógeno. Foi observada incidência da doença em 95% das progênies. Oito progênies foram classificadas como moderadamente resistentes e oito como resistentes. Os períodos médios de incubação e latência observados foram curtos (4,5 e 4,8 dias) para a testemunha suscetível e longos (11,6 e 12,9 dias), para as progênies resistentes. Foi detectada infecção latente em 45% das progênies resistentes.
Six hundred and sixty F6 plants obtained from the crossing of cultivars CL5915-93 (moderately resistant) and IPA-6 (susceptible) were screened for resistance to bacterial wilt (Ralstonia solanacearum) under field conditions (28 ± 4ºC and RH 70 ± 5,5%) in March 1996 at UFRPE. Twenty-day-old seedlings were inoculated with biovar III of the pathogen by pouring 5 ml of a suspension (5x10(8) UFC/ml) at the base of each seedling, two hours prior to transplanting. Evaluations were performed at weekly intervals until 70 days after inoculation. At the end of the crop cycle, 151 symptomless plants were selected and from this material one progeny was backcrossed with the cultivar IPA-6. 40 progenies (F2) from this backcross were screened for resistance under greenhouse conditions (35 ± 5,5ºC and RH 77 ± 2,5%) in September 1997, using the inoculation method previously described. Evaluations of disease incidence and severity were made four, seven, ten, thirteen and 16 days after inoculation. The resistance reaction was also evaluated through incubation and latency periods. Twenty-eight days after inoculation the existence of latent infection in the resistant progenies was evaluated through vascular discoloration and pathogen isolation from processing material. Disease incidence was observed in 95% of the progenies. Eight progenies were ranked as moderately resistant and eight as resistant. The average incubation and latency periods were short (4.5 at 4.8 days) for control susceptible progenies and long (11.6 at 12.9 days) for resistant progenies. Latent infection was detected in 45% of resistant progenies.