Resumo Objetivo O presente estudo teve como objetivo avaliar a viabilidade e satisfação em relação à orientação teleoncológica realizada em população vulnerável de pacientes com câncer de mama e provenientes do sistema público de saúde durante a pandemia do coronavírus em 2020. Métodos Pacientes elegíveis foram agendados para atendimento remoto visando minimizar exposição a ambientes com risco de infecção respiratória. O meio de comunicação foi o telefone, pois permite conversa sem custos. Um questionário anônimo com base na escala Likert foi enviado através de aplicativo de telefone celular ou e-mail para paciente ou familiares, logo após a teleconsulta. As respostas, que abordavam utilidade, facilidade, qualidade da interface, qualidade da interação, confiabilidade, satisfação e interesse em avaliações futuras, foram compiladas e analisadas. Resultados Um total de 176 pacientes elegíveis para teleconsulta foram avaliados e 98 foram incluídos. Setenta (71,4%) realizaram a teleorientação com sucesso. O questionário foi respondido por 43 (61,4%) pacientes. De maneira geral, a teleorientação foi classificada como muito positiva por 41 (95,3%) pacientes. Em relação aos itens avaliados, 43 (100%) pacientes pontuaram 4 ou 5 (concordaram que a teleconsulta era benéfica) em relação à facilidade do serviço, seguido por 42 (97,2%) para a qualidade da interface, 41 (95,3%) tanto para a utilidade quanto para a qualidade da interação, 40 (93%) para satisfação e interesse em avaliação futura e 39 (90,6%) para confiabilidade em relação ao método. Conclusão A orientação teleoncológica empacientes de baixa renda e com câncer de mama mostrou ser viável e com altas taxas de satisfação.
Abstract Objective The present study aims to assess the feasibility and patient satisfaction of teleoncology orientation in a vulnerable population of breast cancer patients assessed in a government health system during the coronavirus pandemic in 2020. Methods Eligible patients received an invitation to receive remote care to minimize exposure to an environment in which the risk of respiratory infection was present. The means of communication was telephone through an application that allows free conversation with no charge. An anonymous-response questionnaire based on a Likert-type scale was sent through a cell phone application or e-mail directly to each patient or close relative of the patient immediately after teleconsultation. Responses to the questions, which addressed utility, facility, interface quality, interaction quality, reliability, satisfaction, and interest in future evaluation, were compiled and analyzed. Results A total of 176 eligible patients scheduled for consultation were evaluated and 98 were included. Seventy (71.4%) successfully undertook the teleorientation. The questionnaire was submitted by 43 (61.4%) patients. The overall teleoncology orientation was classified as very positive by 41 (95.3%) patients. Specifically, regarding the questionnaire items, 43 (100%) patients scored 4 or 5 (agreed that the teleconsultation was beneficial) concerning the facility, followed by 42 (97.2%) for the interface quality, 41 (95.3%) for both utility and interaction quality, 40 (93%) for satisfaction and interest in future evaluation, and, finally, 39 (90.6%) for reliability. Conclusion Teleoncology orientation of low-income breast cancer patients is most feasible and leads to high patient satisfaction.