Buscou-se descrever a altura média dos adolescentes das cinco regiões do Brasil e avaliar os fatores socioeconômicos e nutricionais que estejam associados ao seu crescimento normal. Este é um estudo transversal realizado em ambientes urbanos e rurais no Brasil com estudantes de 12 a 17 anos (n = 71.553). Avaliamos antropometria, variáveis socioeconômicas, atividade física e dieta. Calculou-se os escores-z por idade e investigou-se a associação das variáveis de exposição com altura (desfecho) por sexo e idade (12-13, 14-15 e 16-17 anos) através de múltiplos modelos de regressão linear. Observou-se menor altura média em adolescentes da região Norte e em baixos níveis socioeconômicos. Aos 17 anos, o mais próximo da altura final nesta amostra, as alturas médias para meninas e meninos foram de 160,9 ± 0,1cm e 173,7 ± 0,3cm, respectivamente. Na análise de regressão linear múltipla, atividade física (meninas β = 0,119, IC95%: 0,035; 0,202; meninos β = 0,092, IC95%: 0,012; 0,172) e Ensino Médio materno (meninas β = 0,103, IC95%: 0,201; 0,204; meninos β = 0,39, IC95%: 0,245; 0,534) estiveram positivamente associados ao escore-z de altura por idade em meninos e meninas de 16-17 anos. Maior consumo de proteína (β = 0,022, IC95%: 0,010; 0,035) e obesidade (β = 0,217, IC95%: 0,084; 0,350) estiveram positivamente associados ao escore-z de altura para a idade meninos mais velhos, enquanto a variável associada às meninas foi baixo peso (β = 0,205, IC95%: 0,028; 0,382). Observou-se diferenças na altura média de adolescentes das cinco regiões brasileiras. O crescimento normal, especialmente entre adolescentes mais velhos, esteve associado à escolaridade materna, à prática de atividade física, ao consumo de proteínas e às categorias de índice de massa corporal (IMC).
This study aims to describe the mean height of adolescents from the five regions of Brazil and to evaluate socioeconomic and nutritional factors associated with normal growth. This is a cross-sectional study conducted in the Brazilian urban and rural areas with students aged 12 to 17 years (n = 71,553). Anthropometry, socioeconomic variables, physical activity, and diet were evaluated. Height-for-age z-scores were calculated and multiple linear regression models were used to investigate the association of exposure variables with height (outcome) by sex and age (12-13, 14-15, and 16-17 years). We observed a lower mean height in adolescents from the North Region and in individuals with low socioeconomic status. At 17 years of age, the closest to the final height in this sample, mean heights for girls and boys were 160.9 ± 0.1cm and 173.7 ± 0.3cm, respectively. In multiple linear regression analysis, physical activity (girls β = 0.119, 95%CI: 0.035; 0.202; boys β = 0.092, 95%CI: 0.012; 0.172) and high level of maternal education (girls β = 0.103, 95%CI: 0.001; 0.204; boys β = 0.39, 95%CI: 0.245; 0.534) were positively associated with height-for-age z-score in 16- to 17-year-old boys and girls. Other factors positively associated with height-for-age z-score in older students include higher protein consumption (β = 0.022, 95%CI: 0.010; 0.035) and obesity (β = 0.217, 95%CI: 0.084; 0.350) for boys, and low weight (β = 0.205, 95%CI: 0.028, 0.382) for girls. We observed differences in the mean height among adolescents from the five Brazilian regions. Normal growth, especially among older adolescents, was associated with high maternal education, practice of physical activity, protein consumption, and body mass index (BMI) categories.
Los objetivos fueron describir la estatura media de los adolescentes de las cinco regiones de Brasil y evaluar los factores socioeconómicos y nutricionales asociados al crecimiento normal. Estudio transversal realizado en entornos urbanos y rurales de Brasil con estudiantes de 12 a 17 años (n = 71.553). Se evaluaron la antropometría, las variables socioeconómicas, la actividad física y la dieta. Se calculó la puntuación Z de la altura para la edad y se utilizaron modelos de regresión lineal múltiple para investigar la asociación de las variables de exposición con la altura (resultado) por sexo y edad (12-13, 14-15 y 16-17 años). Se observó una estatura media más baja en los adolescentes de la región norte y en los de nivel socioeconómico bajo. A los 17 años, la edad más cercana a la estatura final en esta muestra, las estaturas medias de las chicas y los chicos eran de 160,9 ± 0,1cm y 173,7 ± 0,3cm, respectivamente. En el análisis de regresión lineal múltiple, la actividad física (chicas β = 0,119, IC95%: 0,035; 0,202; chicos β = 0,092, IC95%: 0,012; 0,172) y la madre con educación secundaria (chicas β = 0,103, IC95%: 0,001; 0,204; chicos β = 0,39, IC95%: 0,245; 0,534) se asociaron positivamente con la puntuación z de la altura para la edad en chicos y chicas de 16-17 años. En el caso de los chicos, el mayor consumo de proteínas (β = 0,022, IC95%: 0,010; 0,035) y la obesidad (β = 0,217, IC95%: 0,084; 0,350), mientras que, en el caso de las chicas, el bajo peso (β = 0,205, IC95%: 0,028; 0,382) también se asociaron positivamente con la puntuación z de la altura para la edad en los estudiantes mayores. Se observaron diferencias en la estatura media entre los adolescentes de las cinco regiones brasileñas. El crecimiento normal, especialmente entre los adolescentes de mayor edad, se asoció con la alta escolaridad de la madre, la práctica de actividad física, el consumo de proteínas y las categorías de índice de masa corporal (IMC).