Resumo Lopesia davillae, uma nova espécie de Cecidomyiidae associada a estruturas reprodutivas de Davilla rugosa (Dilleniaceae), é descrita e ilustrada (larva, pupa, macho, fêmea e dano) com base em material coletado no estado do Rio de Janeiro, Brasil. A nova espécie é comparada com as outras espécies conhecidas do mesmo gênero. Este é o primeiro registro de Lopesia em Dilleniaceae.

Abstract Lopesia davillae, a new species of gall midge associated with the reproductive structures of Davilla rugosa (Dilleniaceae), is described and illustrated (larva, pupa, male, female, and damage) based on material collected in Rio de Janeiro, Brazil. This new species is compared with its congeneric species. This is the first record of Lopesia on Dilleniaceae.

Foram estudados os padrões de galhamento em Ossaea confertiflora (Melastomataceae) por Lopesia brasiliensis (Diptera: Cecidomyiidae) em uma área de floresta Atlântica na Ilha Grande, RJ. Das 81 plantas amostradas, 55 (67.9%) estavam galhadas. O número de galhas presente em cada indivíduo variou de 1 a 261 e 94,4% destas encontrava-se nas folhas. O número de galhas em cada folha variou de 1 a 25. O número total de galhas esteve positivamente correlacionado com a altura da planta. Houve uma tendência a plantas maiores e mais ramificadas terem uma porcentagem menor de suas folhas galhadas e menor densidade de galhas por folha do que plantas menores. Plantas próximas a outras da mesma espécie tenderam a apresentar mais galhas por folhas do que plantas relativamente isoladas. Os padrões observados podem estar ligados a estratégias de otimização no uso de recursos (isto é, sítios de oviposição) e proteção da prole pelos galhadores.

Patterns of galling by the gall midge Lopesia brasiliensis (Diptera: Cecidomyiidae) were studied in Ossaea confertiflora (Melastomataceae) in an Atlantic forest site at Ilha Grande, RJ. Out of the 81 plants surveyed, 55 (67.9%) bore galls. The number of galls per galled individual ranged from 1 to 261 and 94.4% of the galls were in leaves. The number of galls per galled leaf varied from 1 to 25. Total gall number was positively correlated with plant height. Larger and more ramified plants tended to have a smaller percentage of their leaves with galls and a lower density of galls per leaf than smaller plants. Plants that were close to other individuals of the same species tended to have more galls per leaf than relatively isolated plants. The observed patterns may be linked to strategies of optimization in the use of resources (i.e. oviposition sites) and predation avoidance by the gall midges.