A psicoterapia psicanalítica de tempo delimitado é aqui definida como um tratamento cujo prazo de duração é ajustado previamente entre o psicoterapeuta (ou analista) e o sujeito que busca ajuda para dar conta de um sofrimento psíquico que se manifesta em uma área demarcável da vida do sujeito e cuja origem possa ser atribuída a um conflito inconsciente. A teoria psicanalítica fornece os modelos gerais que fundamentam o processo, e a cura se dá mediante a perlaboração dos conflitos inconscientes, com possíveis repercussões sobre o sujeito como um todo. Teoricamente, essa abordagem terapêutica fundamenta-se nas concepções de Freud, Ferenczi e das pesquisas realizadas na Clínica Tavistock, principalmente, através do experimento de Balint. Essa comunicação foi estimulada não só pelos resultados de pesquisas desenvolvidas pelo autor no campo da psicoterapia psicanalítica de tempo delimitado, mas também pela aprovação, por Resolução do Ministério da Saúde, da cobertura obrigatória pelos planos e seguros privados de saúde para a psicoterapia breve de crise com duração de até 12 sessões. Esse trabalho tem o objetivo de promover o debate em nosso meio sobre o valor da abordagem psicanalítica breve. Para tanto, além da apresentação de uma experiência clínica realizada com uma paciente durante cinco entrevistas psicoterápicas e mais duas entrevistas de follow-up, cerca de seis e 12 meses após o término do tratamento, discutem-se os fundamentos da ampliação do espaço psicanalítico tomando em consideração o posicionamento de Freud e as críticas teóricas e práticas, expostas por Birman, sobre o que pode ser denominado espaço psicanalítico. Nesse trabalho destaca-se ainda a importância de que, ao final da terapia, deve-se fazer uma avaliação dos resultados alcançados e, se o trabalho realizado não for considerado suficiente para a elaboração das tensões conflitivas que deram origem às manifestações clínicas, a decisão de encerrar o tratamento pode ser revista, hipótese que, caso confirmada, não invalida a abordagem inicial na psicoterapia de tempo delimitado como um precioso instrumento de preparação do paciente para a etapa consecutiva. A questão que orientou este percurso permanece: é possível nomear a psicoterapia psicanalítica breve ou de tempo delimitado como psicanálise breve?
The psychonalytical psychotherapy with delimited time is here definied as a treatment for which the duration span is previously adjusted between the psychotherapist (or analyst) and the person who’s seeking help to deal with a psychic suffering that manifests itself in a demarcable area of the person’s life and being that its origin can be attributed to an unconscient conflict. The psychoanalytical theory furnishes the general samples that lay the foundation for the process, and the cure happens by means of working-through the unconscient conflicts, with possible repercussions upon the person as a whole. Theoretically, this therapeutic approach bases itself on Freud’s and Ferenczi’s conceptions and on researches that took place in Tavistock Clinic, mainly, through Balint’s experiment. This communication was stimulated not only by the results of the researches developed by the author in the field of psychoanalytical psychotherapy of delimited time, but also by the approval through resolution of the Health Ministry, of the compulsory coverage by private health plans and insurances for the brief psychotherapy of crisis with duration up to 12 sessions. This work aims to promote the debate among us about the value of the brief psychoanalytical approach. For that, besides the presentation of a chinical experience with a patient consisting of five psychotherapic interviews as well as two follow-up interviews, about six and twelve months after the end of the treatment, the foundations of the amplification of the psychoanalytical space are discussed, taking into consideration Freud’s position and the theoretical and practical critics, exposed by Birman, about what can be denominated psychoanalytical space. In this work, the importance that at the end of the therapy, an evaluation of the results reached must be done is also pointed out, and, if the work done is not considered sufficient for the elaboration of the conflictive tensions which initiated the clinical manifestations, the decision to end the treatment can be reviewed, and in case it’s confirmed, it does not invalidate the initial approach in the psychotherapy of delimited time as a precious tool to prepare the patient for the consecutive stage. The question that orientated this course remains: Is it possible to name the Brief Psychoanalytical Psychotherapy or of delimited time as Brief Psychoanalysis?
La psicoterapía psicoanalítica del tiempo delimitado es aquí definida como un tratamiento cuyo plazo de duración es ajustado previamente entre el psicoterapeuta (o analista) y el sujeto que busca ayuda para dar cuenta de un sufrimiento psíquico que se manifesta en una área demarcable de la vida del sujeto y cuya origen pueda ser atribuida a un conflito inconsciente. La teoria psicoanalítica provee los modelos generales que fundamentan el proceso, y la cura dase mediante perlaboración de los conflitos inconscientes, con posibles repercusiones sobre el sujeto como un todo. Teoricamente, esa abordage terapéutica fundamentase en las concepciones de Freud, Ferenczi y de las encuestas efectuadas en la Clínica Tavistock, a traves del experimento de Balint. Esa comunicación fue estimulada no solo por los resultados de encuestas desarrolladas por el autor en el campo de la psicoterapía psicoanalítica de tiempo delimitado, pero también por la aprobación, por Resolucion del Ministerio de la salud, de la garantía obligatoria por los planes y seguros privados de salud para la Psicoterapía Breve de Crisis con duración de hasta 12 sesiones. Ese trabajo tiene el objetivo de promover el debate en nuestro medio sobre el valor de la abordage psicoanalítica breve. Para tanto, además de la presentación de una experiencia clínica realizada com una paciente durante cinco entrevistas psicoterápicas y mas dos entrevistas de follow-up, aproximadamente seis e doze meses trás el termino del tratamiento, se discute los fundamentos de la ampliación del espacio psicoanalítico tomando en consideración la posición de Freud y las críticas teoricas y práticas, expuestas por Birman, sobre lo que puede ser llamado espacio psicoanalítico. En ese trabajo se destaca aún la importancia de que, en el fin de la terapia, se deba hacer una evaluación de los resultados alcanzados y, si el trabajo realizado no fuere considerado suficiente para la elaboración de las tensiones conflitivas que deran origen a las manifestaciones clínicas, la decisión de finalizar el tratamiento puede ser revista, hipótesis que, si confirmada, no invalida la abordage inicial en la psicoterapia de tiempo delimitado como un rico instrumento de preparación del paciente para la etapa consecutiva. La cuestión que orientó ese percurso permanece: ¿És posible nombrar la psicoterapia psicoanalítica breve o de tiempo delimitado como psicoanalisis breve?
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