Annona crassiflora (araticum), Eugenia dysenterica (cagaita) e Caryocar brasiliense (pequi) são frutas do segundo maior bioma brasileiro: o cerrado. Atualmente, o cerrado enfrenta duas realidades diferentes: 1) a grande possibilidade de produção de alimentos, sendo considerado o maior celeiro do mundo; e 2) a riquíssima biodiversidade recentemente descoberta e conhecida. Estudos prévios demonstraram que algumas frutas do cerrado possuem alto conteúdo fenólico e excelente atividade antioxidante em modelos in vitro. Adicionalmente, por meio de análises de fingerprinting, importantes moléculas bioativas foram identificadas como prováveis responsáveis pela atividade antioxidante. Neste estudo, foram avaliadas a citotoxicidade e a fototoxicidade dos extratos etanólicos de frutas do cerrado usando o método in vitro de Neutral Red Uptake (NRU). Em relação à citotoxicidade, os extratos de casca de araticum e semente de cagaita não apresentaram potencial citotóxico até a concentração de 300 µg.mL-1. Extratos etanólicos de semente de araticum e casca de pequi apresentaram baixo potencial citotóxico e por meio de regressões lineares, as LD50 estimadas foram de 831,6 e 2840,7 mg.kg-1, respectivamente. Nas condições avaliadas, somente o extrato de casca de araticum apresentou potencial fototóxico. Esse estudo representa a primeira abordagem para screening de toxicidade de frutos do cerrado com alto poder antioxidante.
Annona crassiflora (araticum), Eugenia dysenterica (cagaita), and Caryocar brasiliense (pequi) are tropical fruits of the second biggest Brazilian biome: the cerrado. Nowadays, the cerrado faces two different realities: 1) the great possibility of food production since it is considered as the biggest storehouse of the world; and 2) the rich biodiversity that has been newly discovered and known. Previous studies showed that certain cerrado fruits demonstrate high content of total phenols and excellent antioxidant activity in in vitro models. Moreover, using fingerprinting analysis, important bioactive molecules were identified as probably responsible for their antioxidant activity. In this study, the cytotoxicity and phototocixity of ethanolic extracts from cerrado fruits were evaluated using the in vitro Neutral Red Uptake (NRU). Regarding cytotoxicity, the extracts of araticum peel and cagaita seed did not shown any cytotoxic potential up to 300 µg.mL-1. Ethanolic extracts of araticum seed and pequi peel presented low cytotoxic potential and, according to linear regressions, the estimated LD50 were de 831.6 and 2840.7 mg.kg-1, respectively. In the evaluated conditions, only the araticum peel extract presented a phototoxic potential. This is the first attempt to screen the toxicity of cerrado fruits with high antioxidant activity.