RESUMO INTRODUÇÃO: A coarctação da aorta é uma cardiopatia congênita caracterizada por um estreitamento que ocorre na artéria aorta. Essa constrição pode ocorrer em qualquer local ao longo de toda a sua extensão, entretanto, é mais comum entre a origem da artéria subclávia esquerda e o ducto arterioso. Sua incidência corresponde a três casos a cada 10.000 nascimentos, sendo, desse modo, uma cardiopatia comum, porém com elevada taxa de mortalidade e morbidade, as quais estão relacionadas à falha no diagnóstico precoce. MÉTODOS: Este artigo trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa da literatura. Na pesquisa foram selecionados artigos na literatura nacional e internacional nas bases de dados PubMed, SciELO e Lilacs, utilizando-se os seguintes descritores: coarctação, aorta, diagnóstico, cardiopatias, anormalidades congênitas. RESULTADOS: A fisiopatologia da coarctação da aorta e as implicações sistêmicas dessa cardiopatia na vida do recém-nascido e do adulto estão bem elucidadas. Entretanto, devido à falta de costume em palpar pulsos e aferir a pressão arterial nos membros superiores e inferiores durante o exame físico, ainda é uma patologia pouco diagnosticada na infância. Existem diversas técnicas utilizadas no reparo da coarctação, cada uma com suas especificidades, porém, quando não tratada, aneurismas, insuficiência cardíaca, coronariopatias e acidentes vasculares encefálicos são as principais complicações provenientes da evolução dessa patologia, o que explica uma baixa sobrevida desses pacientes. CONCLUSÃO: A coarctação da aorta é, portanto, uma malformação cardíaca de importância relevante devido a sua incidência e ao seu potencial risco de mortalidade. Nesse sentido, o diagnóstico precoce destaca-se como peça fundamental para um melhor prognóstico do paciente.
SUMMARY INTRODUCTION: Coarctation of the aorta is a congenital heart disease characterized by a narrowing that occurs in the aortic artery. This constriction can occur anywhere along its entire length; however, it is more common between the origin of the left subclavian artery and the ductus arteriosus. Its incidence corresponds to 3 cases per 10,000 births. Thus, it is a common cardiopathy, but with high mortality and morbidity rates, which are related to a failure in the early diagnosis. METHOD: In the research, articles of the national and international literature in Pubmed, Scielo and Lilacs databases were selected using the following descriptors: coarctation, aorta, diagnosis, heart diseases, congenital abnormalities. RESULTS: The pathophysiology of CoA and its systemic implications in the life of newborn and adults are well elucidated. However, due to the lack of habit to palpate pulses and to check the blood pressure in both upper and lower limbs during the physical examination, it is still a pathology little diagnosed in childhood. There are several techniques used in the repair of coarctation, each with their specifics, although, when not treated, aneurysms, heart failure, coronary diseases, and stroke are the main complications arising from the evolution of this pathology, which explains the low survival rate of these patients. CONCLUSION: Coarctation of the aorta is, therefore, a cardiac malformation of significant importance due to its incidence and its significant mortality risk. In this sense, the early diagnosis stands out as an essential piece for better prognosis of the patient.