CONTEXTO:El papel de cuidador asumido por la familia no siempre es bien aceptado por la persona que vive la depresión, lo que tiene un impacto en la vida familiar, especialmente en las relaciones interpersonales. OBJETIVOS:Caracterizar la depresión en la perspectiva de quien la vive; Caracterizar el papel del cuidador familiar en la perspectiva del paciente; Describir las reacciones del paciente en la relación con los cuidadores familiares. METODOLOGÍA:Investigación de naturaleza cualitativa y inductiva, usando la Teoría Fundamentada. Selección de participantes por muestra no probabilista intencional. Entrevistas semiestructuradas. RESULTADOS: La persona deprimida identifica el comienzo, causas, características y manifestaciones de la enfermedad. La depresión es vivida de forma muy íntima por el paciente, desarrollando estrategias para hacer frente a la enfermedad. En la perspectiva del paciente, el familiar falla el rol de cuidador por falta de comprensión, incapacidad para escuchar, chantaje emocional y a veces agresión verbal. El paciente no reconoce capacidad al familiar para ayudar, no lo acepta como cuidador, ignora sus intervenciones y consejos y por eso su sentimento de soledad aumenta. CONCLUSIONES:Cuando hay una persona con depresión en la família, los familiares construyem el rol de cuidador en la interacción diaria. Las estrategias de cuidados se desarrollan de modo reactivo en función del comportamiento del paciente y el cuidado adquiere características particulares. El paciente no se siente cuidado y no reconoce el familiar como un compañero activo en su proceso de recuperación.
CONTEXTO: O papel de cuidador assumido pelo familiar nem sempre é bem aceite pela pessoa que vive depressão, o que tem repercussões na vida familiar, principalmente nas relações interpessoais. OBJETIVOS:Caraterizar a depressão na perspetiva de quem a vive; Caraterizar o papel de cuidador familiar na perspetiva do doente; Descrever reações do doente na relação com os cuidadores familiares. METODOLOGIA: Desenho de natureza qualitativa e indutiva com recurso à Grounded Theory. Seleção de participantes, não probabilística intencional. Realização de entrevista semiestruturada. RESULTADOS: A pessoa deprimida identifica o início, causas, caraterísticas e manifestações da doença. A depressão é vivida de forma intimista pelo doente, desenvolvendo estratégias de enfrentamento e de gestão da sua situação clinica. Na perspetiva do doente, o familiar falha o papel de cuidador por controlo excessivo, falta de compreensão, incapacidade para escutar, chantagem emocional e por vezes agressividade verbal. A pessoa deprimida não reconhece capacidade ao familiar para o ajudar, não o aceita como cuidador, ignora as suas intervenções e conselhos, e o seu sentimento de solidão aumenta. CONCLUSÕES: Quando há uma pessoa com depressão na família, os familiares constroem o papel de cuidador na interação quotidiana e as estratégias de cuidados desenvolvem-se de modo reativo em função do comportamento do doente, adquirindo contornos particulares de conteúdo nem sempre adequado à situação de saúde vivida pela pessoa. O doente não se sente cuidado e não reconhece o familiar como parceiro ativo no seu processo de recuperação.
BACKGROUND:The caregiver role, taken by the relative, is not always welcomed by the person who suffers from depression, what has an impact in family life, mainly in interpersonal relations. AIM:To characterize depression in the eyes of those who live it; to characterize the family caregiver role in patient’s eyes; to describe patient’s reactions in his relation with family caregivers. METHODS:Qualitative and inductive nature investigation with the use of Grounded Theory. Intentional non-probability selection of participants. Carry out of a semi-structured interview. RESULTS:The depressed person identifies the beginning of the disease, its causes, characteristics and manifestations. The patient experiences depression in an intimate way, developing tackling and management of his clinical situation strategies. In his eyes, the relative fails its caregiver role due to excessive control, lack of understanding, incapacity to listen, emotional blackmail and, sometimes, verbal aggression. The depressed person does not believe his relative is capable of helping him, does not accept him as a caregiver, ignores all his advices and interventions and his feeling of loneliness increases. CONCLUSIONS:When there is someone in family who suffers from depression, relatives build the role of caregiver in everyday interaction, and caregiving strategies get developed in a reactive way, according to patient’s behavior, acquiring particular outlines of content that, sometimes, does not fit patient’s health condition. The patient feels uncared-for and does not recognize his relative as an active partner in his recovery process.