O objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos dos períodos de convivência e de controle de Brachiaria decumbens sobre o desenvolvimento inicial de clones de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla. Para isso, um ensaio foi conduzido, no município de Três Lagoas-MS, no período de janeiro a dezembro de 1997. Os tratamentos experimentais consistiram de diferentes épocas e períodos de convivência das plantas daninhas na cultura do eucalipto. As épocas foram divididas em dois grupos. No primeiro, a convivência se iniciava no transplante das mudas e era estendida até 28, 56, 84, 112, 140, 168, 224, 252 e 364 dias após. No segundo grupo, a convivência se iniciava aos 0, 28, 56, 84, 112, 140, 168, 224 e 252 dias após o transplante e era estendida até o final de um ano. As principais plantas daninhas que ocorreram na área experimental foram Brachiaria decumbens e Spermacocea latifola. As plantas jovens de eucalipto foram bastante suscetíveis à interferência das plantas daninhas, apresentando um período anterior à interferência inferior a 14-28 dias. Para assegurar o desenvolvimento da cultura, o período total de prevenção à interferência foi de 140 dias, e o período crítico de prevenção à interferência, de 14-28 a 140 dias após o transplante, considerando o índice de 5% de redução em diâmetro.
A field trial was carried out in Três Lagoas-MS, Brazil, from January to December of 1997, to study the effects of control and coexistence period of Brachiaria decumbens on the growth of Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla clones. The experimental design was a complete randomized block design, with four replications. The treatments consisted of different periods of weed-eucalypt association. The periods were divided in two groups. In the first one, the weed-eucalypt coexistence initiated during the eucalypt transplanting, continuing up to 28, 56, 112, 140, 168, 224, 252 and 364 days after it. In the second group, the weed coexistence began at 0, 28, 56, 112, 140, 168, 224 and 252 days after the transplanting and ended 364 days later. The main infesting weeds were Brachiaria decumbens and Spermacocea latifola. The young eucalypt plants were very susceptible to weed interference. To assure normal crop development it was necessary to maintain a weed free period of 140 days after transplanting.