RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dor é uma das principais queixas dos indivíduos que procuram atendimento nos serviços de saúde. A alta prevalência de dor tanto aguda quanto crônica na população torna este um problema de saúde pública, devido aos elevados custos impostos à sociedade e aos serviços de saúde, além do impacto negativo nas atividades cotidianas daqueles que convivem com tal experiência. Este estudo teve como objetivo identificar a prevalência de dor crônica em estudantes de medicina de uma Universidade do Interior Paulista. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado com 395 estudantes de todas as séries do curso de medicina da Universidade de Taubaté. As variáveis investigadas foram: ocorrência e tempo da dor sentida, presença ou não de fator (es) desencadeante (s), uso ou não de fármacos para alívio da dor, localização e dimensão da dor segundo o questionário de McGill. RESULTADOS: Houve predomínio do sexo feminino com 253 participantes (64,05%), prevalecendo a faixa etária de 21 a 25 anos com 217 alunos (54,93%). Entre os participantes, 219 (55,44%) apontaram a presença de algum tipo de dor e destes, 141 (64,38%) relataram sentir dor de forma crônica, ou seja, há mais de seis meses, perfazendo 35,69% do total. CONCLUSÃO: Neste estudo, a prevalência de dor crônica foi de 35,69%, com maior ocorrência no sexo feminino. Em relação a localização da dor, houve maior prevalência na região lombar e sacrococcígea, seguida pelo joelho e em terceiro lugar a dor de cabeça, face e boca e por último dor generalizada.
ABSTRACT BACKGROUND AND OBJECTIVES: Pain is a major complaint of individuals looking for healthcare services. The high prevalence of both acute and chronic pain makes it a public health problem, due to high costs imposed to society and healthcare services, in addition to the negative impact on daily activities of those living with such experience. This study aimed at identifying the prevalence of chronic pain among medical students of a University in the countryside of São Paulo. METHODS: Cross-sectional study carried out with 395 students of all grades of the medicine course of the Universidade de Taubaté. Investigated variables were: pain incidence and duration, presence or not of triggering factor(s), use or not of painkillers, pain location and dimension according to McGill questionnaire. RESULTS: There has been predominance of females with 253 participants (64.05%), prevailing the age group between 21 to 25 years with 217 students (54.93%). Among participants, 219 (55.44%) reported some type of pain and among them, 141 (64.38%) have reported chronic pain, that is, for more than six months, in a total of 35.69%. CONCLUSION: In our study, chronic pain prevalence was 35.69%, especially among females. With regard to pain location, there has been more prevalence of lumbar and sacrococcygeal regions, followed by knees and headache, face and mouth and finally widespread pain.