Dez isolados de P. brasiliensis foram avaliados em relação à patogenicidade por inoculação intravenosa em camundongos e associação com morfologia miceliana e padrão genético por amplificação genônica do DNA polimórfico (RAPD). A patogenicidade, avaliada por recuperação de fungos viáveis a partir de tecido pulmonar e por lesões histopatológicas em diferentes órgãos, mostrou que os isolados apresentaram quatro graus de virulência: alta virulência, virulência intermediária, baixa virulência e não virulência. A técnica de RAPD agrupou os isolados em dois grupos com 56% de similaridade genética. Amostras com baixa virulência Pb265 ou não virulência Pb192 apresentaram morfologia glabra/cerebriforme e alta similaridade genética (98,7%) quando comparadas com os outros isolados estudados. O mesmo foi observado com os isolados Bt79 e Bt83, que compartilharam 96% de semelhança genética, colônias cotonosas e alta virulência. Essa técnica pode discriminar apenas isolados com morfologia glabra da cotonosa e com alta e baixa virulência. Isolados com virulência intermediária como Pb18, Pb18B6, Bt32 e Bt54 mostraram variabilidade no coeficiente de similaridade, sugerindo que a técnica de RAPD permite mostrar variabilidade genética nessa espécie fúngica. O estudo do perfil de virulência das amostras de P. brasiliensis demonstrou que os dois fenótipos extremos de morfologia miceliana podem ser associados com a virulência do fungo e com o tempo de subcultivo in vitro. Assim, a análise de RAPD, utilizada em conjunto com aspectos de virulência, morfológicos e imunológicos pode ser considerada adequada para detectar diferenças entre isolados de P. brasiliensis.
Ten isolates of Paracoccidioides brasiliensis were examined for differences in virulence in outbred mice intravenously inoculated with the fungus, associated with mycelial morphology, and genetic patterns measured by random amplified polymorphic DNA (RAPD). Virulence was evaluated by viable yeast cell recovery from lungs and demonstration of histopathologic lesions in different organs. The results showed that the isolates presented four virulence degrees: high virulence, intermediate, low and non-virulence. RAPD clustered the isolates studied in two main groups with 56% of genetic similarity. Strains with low virulence, Pb265 or the non-virulent, Pb192, showed glabrous/cerebriform morphology and high genetic similarity (98.7%) when compared to the other isolates studied. The same was observed with Bt79 and Bt83 that shared 96% genetic similarity, cottony colonies and high virulence. The RAPD technique could only discriminate P. brasiliensis isolates according to glabrous/cerebriform or cottony colonies, and also high from low virulence strains. Isolates with intermediate virulence such as Pb18, Pb18B6, Bt32 and Bt56 showed variability in their similarity coefficient suggesting that RAPD was able to detect genetic variability in this fungal specie. Virulence profile of P. brasiliensis demonstrated that both mycelial morphologic extreme phenotypes may be associated with fungal virulence and their in vitro subculture time. Thus, RAPD technique analysis employed in association with virulence, morphologic and immunologic aspects might prove adequate to detect differences between P. brasiliensis isolates.