O objetivo do estudo foi analisar as representações sociais construídas pelos sergipanos sobre os índios. Foram entrevistados 378 moradores de seis cidades (cinco em Sergipe e uma em Alagoas). Os resultados obtidos indicam o predomínio de uma representação social cujo núcleo central é formado por elementos que referem um tempo passado e remoto, ou que denotam a distância física e cultural (como "matas", "florestas", "nudez", "pintura"). Igualmente, quando perguntados sobre o que lembram dos índios na história do Brasil, os entrevistados raramente referem acontecimentos recentes e têm mesmo dificuldade para produzir qualquer enunciação. O fato de morar longe ou perto de uma tribo indígena teve menos impacto nas representações sociais do que esperávamos. As conclusões indicam que, para muitos dos pesquisados, os índios existem apenas como uma ausência ou ainda de um modo naturalizado, como reminiscências fenotípicas e culturais de uma história de 500 anos de violência e extermínio.
Aiming to understand the social representations of people in Sergipe, Brazil about Indians, 378 residents of six cities were interviewed (five cities in Sergipe and one in Alagoas). The results revealed the predominance of a social representation of Indians whose main meaning is formed by elements that refer to a past or remote time or which denote physical and cultural distance (i.e. "woods", "forests", "nudity", painting" etc). In a similar way, when participants were asked about what they recalled of Indians in the Brazilian history, they seldom mentioned recent events and had difficulty to mention even remote facts. Living far away from an Indian tribe had less impact on social representations than what was expected. The conclusion is that for many participants, Indians exist only as an absence or yet in naturalized way, as phenotypic and cultural remnants of a 500-year history of violence and extermination.
Con el objetivo de se comprender cuales son las representaciones sociales construidas sobre los indígenas, fueran entrevistados 378 habitantes de 6 ciudades (5 en Sergipe y 1 en Alagoas). Las entrevistas fueron hechas em las casas de los residentes. Los resultados indican el predominio de una representación social de los indígenas anclada en el pasado remoto y es demostrada em los signos "bosques", "desnudos", "pintura", y otros más. También cuando se le preguntó el que se recuerda de los indígenas en la historia del Brasil, los entrevistados casi nunca describen acontecimientos recientes y, en muchas veces, ni acontecimientos remotos ellos logran recordar. La ciudad de los entrevistados tuvo menos importancia en las representaciones sociales que lo esperado. Muchos de los entrevistados piensan que los indígenas existen como una ausencia, como expresiones culturales que no han cambiado a pesa r de los 500 años de historia de violencia y exterminio.