Este estudo apresenta o perfil da atitude frente à dor em trabalhadores inseridos em atividades ocupacionais distintas com diagnóstico de LER/DORT acompanhados pelo Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador do Estado da Bahia (CESAT/Ba). Foram entrevistados 65 trabalhadores numa amostra de conveniência. Utilizou-se como instrumento o Inventário de Atitudes Frente à Dor, na versão reduzida IAD, adaptado para língua portuguesa, contando com sete domínios ou escalas: cura médica, controle, solicitude, incapacidade, medicação, emoção e dano físico. Na análise procedeu-se a comparação das médias das escalas do IAD-breve entre as atividades ocupacionais e as variáveis socioculturais. A comparação das escalas entre as atividades ocupacionais, sexo e limitação para o trabalho revela diferenças entre as médias do domínio dano físico numa direção mais desfavorável para os industriários, sexo masculino e menor limitação para o trabalho e nos domínios emoção e controle mais favorável entre os praticantes de religião. Esses achados apontam para a possibilidade de utilização dessa abordagem para uma melhor compreensão da complexidade do fenômeno da dor crônica, assim como a necessidade de expandir o conceito da assistência e reabilitação desses trabalhadores tendo como referência um modelo de cuidado integral.
This study presents the attitude of workers in different activities (bank workers, checkout workers and industrial workers) with chronic pain related to the Repetition Strain Injures (RSI) diagnosed in an occupational outpatient clinic - Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador (CESAT), in the State of Bahia, Brazil. Sixty five workers from a convenience sample were interviewed, using the short version of the Survey of Pain Attitude, adapted to the Portuguese language. This questionnaire contains seven domains: control, emotion, disability, physical impairment, medication, solicitude, medical cure. Student's test and Mann-Whitney test were used for comparing two and more than two means, respectively. Physical impairment was more important among male industrial workers with less limitation to work. The emotion and control domains were more favorable among people who practice a religion. These results suggest the utilization of this approach to better understand the complexity of the chronic pain among workers, and the necessity of expanding the concepts of assistance and rehabilitation in the field of Occupational Health, through an integral care model.