Uma espécie nova de Hyphessobrycon, H. peugeoti, é descrita do trecho médio da drenagem do rio Juruena, bacia do alto rio Tapajós, estado de Mato Grosso, Brasil. Ela difere de todas as congêneres, com exceção de H. loweae e H. heliacus, pelo alongamento em forma de filamento da nadadeira dorsal e pela margem aproximadamente reta da nadadeira anal em machos adultos. Ela difere de H. loweae e H. heliacus por possuir coloração geral vermelha em vida (vs. colorido dourado em vida em H. loweae e H. heliacus). Além disto, a espécie nova difere de H. heliacus por não possuir marcas em forma de divisas ao longo da linha média do corpo (vs. marcas em forma de divisas presentes em H. heliacus), e de H. loweae por possuir apenas cinco séries de escamas horizontais entre a origem da nadadeira dorsal e a linha lateral (vs. 6-7 em H. loweae) e por possuir elevado número de raios ramificados na nadadeira anal (21-24, moda 22, vs. 17-21, moda 20 em H. loweae). Dados merísticos, morfométricos e de distribuição geográfica adicionais são fornecidos para H. loweae, incluindo os primeiros registros da espécie na bacia do rio Tocantins-Araguaia. Discute-se um grupo presumidamente monofilético que inclui H. peugeoti, H. loweae, H. heliacus, H. elachys e H. moniliger.
A new species of Hyphessobrycon, H. peugeoti, is described from the middle portions of the rio Juruena drainage, upper rio Tapajós basin, Mato Grosso State, Brazil. It can be distinguished from all congeners, with the exception of H. loweae and H. heliacus, by a filamentous elongation of the dorsal fin and the approximately straight margin of the anal fin in adult males. It can be distinguished from both H. loweae and H. heliacus by an overall red coloration in life (vs. a golden coloration in life in the latter). Additionally, it can be distinguished from H. heliacus by the lack of chevron-like dark markings along the midline (vs. presence of chevron-like dark-markings in H. heliacus), and from H. loweae by the presence of only five horizontal scale rows between the dorsal-fin origin and the lateral line (vs. 6-7 inH. loweae), and the higher number of branched anal-fin rays (21-24, modally 22, vs. 17-21, modally 20, in H. loweae). Additional meristic, morphometric, and distributional data are provided for Hyphessobrycon loweae, including its first record in the rio Araguaia/Tocantins basin. Comments on a putative monophyletic group including H. peugeoti, H. loweae,H. heliacus, H. elachys, and H. moniliger are presented.