A jaguatirica (Leopardus pardalis) é uma das espécies de felino silvestre que pouco foi investigada quanto a sua morfologia. Assim, o estudo objetivou detalhar a origem e distribuição dos ramos colaterais da aorta abdominal deste animal. Avaliou-se dois exemplares, sendo um macho e uma fêmea, jovens, provenientes de Paragominas-PA, doados ao Laboratório de Pesquisa Morfológica Animal (LaPMA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). O sistema arterial foi preenchido com látex pigmentado de vermelho e os cadáveres foram preservados com solução de formaldeído tamponado a 10%. A aorta abdominal do L. pardalis teve origem entre T12 e L1, sendo a artéria celíaca o primeiro ramo visceral no sentido crânio-caudal, resultando nas artérias hepática, gástrica esquerda e esplênica. A artéria mesentérica cranial surgiu como segundo ramo da aorta abdominal, originando as artérias jejunais. Na sequência localizamos artéria pancreáticoduodenal caudal, artérias ileais, artérias ileocólicas, artérias renais direita e esquerda, artérias adrenais direita e esquerda e artérias ováricas ou testiculares direita e esquerda. Parietalmente, a aorta abdominal originou em média seis ramos lombares, bem como a artéria frenicoabdominal, as artérias circunflexas ilíacas profundas e artérias ilíacas externa e interna. A aorta abdominal gerou ainda a artéria mesentérica caudal, a qual dividiu-se em artérias cólica esquerda e retal cranial. A artéria cólica esquerda seguiu cranialmente paralela ao cólon descendente irrigando-o, originando em média 18 ramos, e anastomosando-se com a artéria cólica média. A artéria retal cranial seguiu em direção caudal distribuindo oito ramos à porção final do cólon descendente e ao reto, e uniu-se com a artéria retal média. Por fim, a aorta abdominal emitiu como ramo terminal a artéria sacral mediana. A vascularização arterial abdominal desta espécie é bastante semelhante ao descrito em felinos domésticos e demais mamíferos, com diferenças quanto ao número de artérias jejunais e origem das artérias renais.
The ocelot (Leopardus pardalis) is a species of wild cat that little has been investigated by their morphology. Thus, the study aimed to detail the origin and distribution of collateral branches from abdominal aorta this animal. We evaluated two exemplary, one male and one female, young, from Paragominas-PA, donated to Animal Morphology Research Laboratory (LaPMA) Federal Rural University of Amazonia (UFRA). The arterial system was filled with red latex and the bodies were preserved with buffered formaldehyde solution 10%. The abdominal aorta of L. pardalis originated between T12 and L1, and the celiac artery was first visceral branch in the craniocaudal direction, resulting in the hepatic a., gastric left a. and splenic a.. The caudal pancreaticoduodenal a., ileal aa., ileocolic aa., right and left renal aa., right and left adrenal aa., and. right and left ovarian aa. or testicular aa. were founded after. Parietally the abdominal aorta yielded an average of six lumbar branches, as well as frenicoabdominal aa., deep circumflex iliac aa. and external and internal iliac aa.. The abdominal aorta still originated the caudal mesenteric a., which is divided into the left colic a. and the cranial rectal a.. The left colic artery followed cranially parallel to the descending colon irrigating it, originating an average of 18 branches, and anastomosing with middle colic a.. The cranial rectal artery followed caudally emerging into eight branches uniting with the final portion of the descending colon and the rectum, together with the rectal middle a.. Finally, the abdominal aorta emerged as the terminal branch, the median sacral. The abdominal arterial vascularization of the ocelot is quite similar to that described in domestic cats, with differences in the number of jejunal arteries and origin of the renal arteries. The abdominal arterial vasculature of this species is quite similar to that described in domestic cats and other mammals, differing in number of the jejunal arteries and origin of the renal arteries.