RESUMO Objetivos: Este estudo tem como objetivo esclarecer se existe alteração do equilíbrio sagital provocada pela intervenção cirúrgica nos pacientes com escoliose congênita. Métodos: Foram analisados retrospectivamente todos os casos de escoliose operados em um hospital terciário entre janeiro de 2009 e janeiro de 2013. Em todos os casos foram mensuradas a deformidade no plano coronal e sagital, a cifose e lordose, utilizando-se o método de Cobb, e também os parâmetros espinopélvicos: incidência pélvica (PI), inclinação sacral (SS), inclinação pélvica (PT). Resultados: Foram analisados 111 prontuários, porém a amostra resultou em 10 pacientes, dos quais seis eram do sexo feminino (60%). A média de idade foi de 13,4 anos. Na análise comparativa entre pré e pós-operatório, apenas a deformidade coronal (12,37; IC 95% [7,88-16,86]; p < 0,001), a deformidade sagital (12,71; IC 95% [4,21-21,22]; p = 0,011) e a lordose lombar (9,9; IC 95% [0,38-19,42]; p = 0,043) apresentaram alteração significativa. Conclusão: Não foi encontrada alteração nos parâmetros espinopélvicos dos pacientes com escoliose congênita submetidos à intervenção cirúrgica no IOT-FMUSP entre 2009 e 2013, contudo, foi observada diminuição da lordose lombar, do ângulo da deformidade no plano sagital e no plano coronal.
ABSTRACT Objective: This study aimed to determine whether surgery leads to changes in sagittal balance in patients with congenital scoliosis. Methods: We retrospectively reviewed all cases of scoliosis operated in a tertiary hospital between January 2009 and January 2013. In all cases the deformity in the coronal and sagittal planes, kyphosis, and lordosis were measured, using the Cobb method, and spinopelvic parameters: pelvic incidence (PI), sacral slope (SS), and pelvic tilt (PT). Results A hundred and eleven medical records were analyzed, but the sample resulted in 10 patients, six of whom were females (60%). The average age was 13.4 years. In the comparative analysis between pre and postoperative, only the coronal deformity (12.37; CI 95% [7.88-16.86]; p<0.001), the sagittal deformity (12.71; CI 95% [4.21-21.22]; p=0.011), and the lumbar lordosis (9.9; CI 95% [0.38-19.42]; p=0.043) showed significant change. Conclusion: There was no change in the spinopelvic parameters of patients with congenital scoliosis undergoing surgery at IOF-FMUSP between 2009 and 2013; however, it was observed decrease in lumbar lordosis, and deformity angle in the sagittal and coronal planes.
RESUMEN Objetivo: Este estudio tiene por objetivo aclarar si hay cambio de equilibrio sagital causado por la cirugía en pacientes con escoliosis congénita. Métodos: Se revisaron retrospectivamente todos los casos de cirugía de escoliosis en un hospital terciario entre enero de 2009 y enero de 2013. En todos los casos se midieron la deformidad en el plan coronal y sagital, la cifosis y lordosis, utilizando el método de Cobb, y también los parámetros espinopélvicos: incidencia pélvica (IP), pendiente sacra (PS), inclinación pélvica (IP). Resultados: Se analizaron 111 registros médicos, pero la muestra resultó en 10 pacientes, de los cuales 6 eran del sexo femenino (60%). La edad promedio fue de 13,4 años. En el análisis comparativo entre el pre y postoperatorio, solamente la deformidad coronal (12,37; IC 95% [7,88-16,86]; p < 0,001), la deformidad sagital (12,71; IC 95% [4,21-21,22]; p = 0,011) y la lordosis lumbar (9,9; IC 95% [0,38-19,42]; p = 0,043) mostraron cambios significativos. Conclusión: No hubo cambios en los parámetros espinopélvicos de los pacientes con escoliosis congénita sometidos a cirugía en IOT-FMUSP entre 2009 y 2013, sin embargo se observó disminución de la lordosis lumbar y del ángulo de deformidad en el plano sagital y plano coronal.