O objetivo do estudo foi verificar, com modelos de regressão logística, a associação entre características de desenvolvimento corporal até o 1º desmame com o desempenho reprodutivo, produção de leitões e taxa de remoção até o 3º parto de 196 fêmeas suínas primíparas. Houve redução nas chances de as fêmeas terem intervalo desmame-estro (IDE) longo (>5 dias) a cada 10kg de aumento no ganho de peso na 1ª gestação - GPG1 (razão de chance - RC = 0,63), peso no 1º parto - PP1 (RC= 0,70), peso no 1º desmame - PD1 (RC= 0,73) ou ganho de peso da 1ª inseminação artificial (IA) ao 1º desmame - GPIAD1 (RC= 0,67). O percentual de porcas com IDE longo reduziu com o aumento da duração da lactação (RC= 0,77-0,80, por dia de lactação) e aumentou com o aumento no número de leitões desmamados (RC= 1,52-1,59, por leitão desmamado). Porcas com <159,5kg ao desmame tiveram maior chance de não parir (NP) em comparação a porcas com >170 kg (RC= 4,73). Porcas com <17,5kg de GPIAD1 tiveram maior chance (RC= 4,88) de NP do que porcas ganhando >30kg. O aumento da duração da lactação reduziu a chance de NP (RC= 0,74, para cada dia). Fêmeas com <139kg na 1ª IA tiveram maior chance de terem leitegada pequena no segundo parto - LPSP (RC= 2,00) ou ao longo de 3 partos (RC= 3,28), em comparação às fêmeas com ≥139kg. Fêmeas com GPG1 <25kg tiveram maior chance de LPSP (RC= 3,01) do que fêmeas com >35kg. Houve diminuição na taxa geral de descarte (RC= 0,71 e 0,73, respectivamente) e descarte por causas reprodutivas (RC= 0,57 e 0,61, respectivamente) para cada 10kg de aumento no PD1 e GPIAD1. A taxa de descarte até o 3º parto também aumentou nas porcas com menor leitegada no primeiro parto. Os resultados mostram que, além de atingir um peso mínimo na 1ª IA, o ganho de peso entre a 1ª IA e o primeiro desmame é importante para o desempenho reprodutivo, produtividade e retenção de fêmeas Danbred Landrace x Large White no rebanho.
The aim of this study was to verify the association of sow body weight development until the 1st weaning with reproductive performance, piglet production and culling rate until the 3rd farrowing in 196 primiparous sows using logistic regression models. Each 10kg increase in weight gain in the 1stpregnancy (OR= 0.63), weight at 1st farrowing (OR= 0.70), weight at the 1st weaning (OR= 0.73) or weight gain from the 1startificial insemination (AI) to the 1st weaning (OR= 0.67) decreased the percentage of primiparous sows with long weaning-to-oestrus interval - WOI (>5 days). An increasing lactation length and an increase in the number of weaned piglets were responsible for respectively decreasing (OR= 0.77-0.80, per day of lactation) and increasing (OR= 1.52-1.59, per piglet weaned) the percentage of sows with long WOI. Sows with <159.5kg at weaning had higher odds of non-farrowing (NFR) compared to sows with >170kg (OR= 4.73). Sows with <17.5kg of gain from the 1st AI to the 1st weaning had higher odds (OR= 4.88) of NFR than sows gaining >30kg. Each additional lactation day decreased the NFR (OR= 0.74). Females weighing <139kg at the 1st AI had higher percentages of small numbers of total born in the second parity (STB2, OR= 2.00) and over three parities (OR= 3.28) compared to those weighing ≥139kg. Sows with weight gain <25kg at the 1st pregnancy had higher odds of STB2 (OR= 3.01) compared to sows gaining >35kg. Each 10kg of increase in weight at the 1st weaning or in weight gain from the 1stAI to the 1stweaning decreased the total culling rate (OR= 0.71 and 0.73, respectively) and culling for reproductive reasons (OR= 0.57 and 0.61, respectively). The culling rate until the 3rdfarrowing was also increased in sows with a smaller first litter size. The results show that not only reaching a minimum weight at the 1st AI but also having an adequate body weight gain until the 1st weaning is important for the reproductive performance, productivity and retention of Landrace x Large White Danbred sows in the herd.