Abstract Several variables were associated with online dependence, but it is unclear to what extent they are independently associated. We examined the following statistical predictors of online dependence: food addiction, poor sleep quality, absence of physical activity, negative family interactions, positive family interactions, and age, in a sample of Portuguese adolescents and young adults during the COVID-19 pandemic. The sample consisted of 311 participants (190 females and 121 males), aged 14-21 years, who completed an online questionnaire as part of the project "Geração Cordão”. The instruments included the Internet Addiction Test, the Yale Food Addiction Scale, the Athens Insomnia Scale, the Family Assessment Device - General Function, and a measure of frequency of physical exercise. In simple correlations, greater online dependence, greater food addiction, worse sleep quality and negative family interactions were intercorrelated. In a multiple regression, online dependence was independently and significantly associated with food addiction, poorer sleep quality, younger age, more negative family interactions, and more positive family interactions. Males and females did not differ in online dependence. Lack of physical activity was unrelated to online dependence. These findings obtained during the COVID-19 pandemic are consistent with those obtained in normal circumstances. Caution is required in interpreting the regression model as it was obtained under abnormal social circumstances. In future studies, it will be interesting to clarify the causal direction of these variables, or if unmeasured variables mediate the associations (e.g., deficits in self-regulation might underlie online dependence and food addiction).
Resumo Várias variáveis têm sido associadas à dependência online, embora não seja claro de que forma estão independentemente associadas. Examinaram-se os seguintes preditores estatísticos de dependência online: dependência alimentar, fraca qualidade do sono, ausência de actividade física, interacções familiares negativas, interacções familiares positivas e idade, numa amostra de adolescentes e jovens adultos Portugueses durante a pandemia COVID-19. A amostra foi constituída por 311 participantes (190 do sexo feminino 121 do sexo masculino) com idades compreendidas entre os 14 e os 21 anos, os quais completaram um questionário online como parte do projecto "Geração Cordão". Os instrumentos utilizados incluíram: Internet Addiction Test, Yale Food Addiction Scale, Athens Insomnia Scale, Family Assessment Device - General Function e uma medida de frequência da actividade física. Nas correlações simples, maior dependência online, maior dependência alimentar, pior qualidade de sono e interacções familiares negativas correlacionaram-se entre si. Numa regressão múltipla, a dependência online associou-se de forma significativa e independente com dependência alimentar, pior qualidade de sono, idade mais jovem, mais interacções familiares negativas e mais interacções familiares positivas. Não houve diferenças entre rapazes e raparigas na dependência online. Não se encontraram relações entre falta de actividade física e dependência online. Estes dados obtidos durante a pandemia COVID-19 são consistentes com outros obtidos em circunstâncias normais. Aconselha-se alguma cautela na interpretação do modelo de regressão, visto ter sido obtido em circunstâncias sociais fora do normal. Em estudos futuros, seria interessante clarificar a direcção causal destas variáveis ou se variáveis não medidas medeiam as associações (e.g. os déficits de auto-regulação podem estar subjacentes à dependência online e à dependência alimentar).