O Pythium insidiosum é um fungo zoospórico que se desenvolve em locais alagadiços e que pode infectar humanos e animais, principalmente eqüinos. A infecção natural nesta espécie resulta em pitiose clínica, uma doença granulomatosa de difícil tratamento. Uma das opções terapêuticas é a imunoterapia com antígenos obtidos de culturas do agente. Com o objetivo de avaliar o efeito de adjuvantes na resposta sorológica a antígenos do P. insidiosum, 24 coelhos divididos em 4 grupos foram imunizados com antígeno macerado de micélio (AMM) associado a três adjuvantes. Grupo I: hidróxido de alumínio; grupo II: adjuvante de Freund; grupo III: óleo mineral e grupo IV: água destilada -controle. Os tratamentos foram avaliados a diferentes intervalos, quanto à capacidade de induzir a produção de imunoglobulinas específicas da classe G, através da técnica de ELISA. Na fase 1, os animais receberam três doses do imunógeno (dias zero, 14 e 28) e foram avaliados sorologicamente nos dias 14, 21, 28 e 35. Nessa fase, os adjuvantes oleosos (GII e III) induziram níveis de anticorpos estatisticamente superiores aos induzidos nos grupos I e IV. Durante a fase 2 (dias 42 a 120), cada grupo foi subdividido em dois; sendo um subgrupo mantido em tratamento (imunizações adicionais nos dias 42, 56, 68 e 82) e o outro tendo o tratamento interrompido após a 3ª dose (dia 28). Nos subgrupos mantidos em tratamento, os níveis de anticorpos dos grupos imunizados com adjuvantes foram estatisticamente superiores aos induzidos no grupo GIV (controle). Nos coelhos com tratamento interrompido, os grupos I, II e III apresentaram manutenção nos níveis de IgG e foram estatisticamente superiores ao grupo controle, que apresentou declínio nos níveis de anticorpos. Os resultados demonstraram a capacidade dos adjuvantes testados em potencializar e prolongar a resposta humoral aos antígenos do P. insidiosum. O uso de adjuvantes associado aos atuais imunógenos pode aumentar os índices de cura em eqüinos submetidos à imunoterapia, assim como viabilizar sua utilização como preventivo.
Pythium insidiosum is a zoosporic fungi living in flooded areas which can infect humans and animals. Natural infection in these species results in clinical pythiosis, a granulomatous disease of difficult treatment. Immunotherapy with antigens obtained from cultures of the agent is a promising alternative therapy. In order to evaluate the effect of adjuvants in the immunologic response to P. insidiosum antigens, 24 rabbits were assigned to four groups and immunized with mycelian mass antigen with each of there adjuvants. Group I: aluminum hydroxide; group II: Freund’s adjuvant; group III: mineral oil and group IV: distilled water-control. The effects of the adjavants were evaluated by measuring the levels of anti-pythium imunoglobulin G (IgG) produced by the immunized rabbits at different time-points after immunization, using an ELISA test. During phase 1, the animals were immunized three times (days zero, 14 and 28) and serologically tested at days 14, 21, 28 and 35. The oil adjuvants (groups II and III) were statistically superior to groups I and IV. During phase 2 (from day 42 to 120) each group was subdivided in two, with one subgroup having additional immunizations at days 42, 56, 68 and 82 and the other having the treatment interrupted. Among the rabbits with continued immunizations, groups I, II and III (adjuvants) had statistically higher IgG levels than GIV. Among rabbits with interrupted treatment, GI, GII and presented stable IgG levels and were statistically superior to the control group, that presented decrease in the levels. These results demonstrated that the adjuvants were capable of inducing stronger and longer imunologic responses (IgG) to P. insidiosum antigens. Therefore, the use of adjuvants associated with P. insidiosum antigens may increase the recovery rates obtained through immunotherapy.