Foram realizados três experimentos para estudar os parâmetros de degradação protéica ruminal. No primeiro, foram incubadas, em líquido ruminal de bovinos, dietas isoprotéicas contendo capim-elefante, fubá de milho e farelo de soja, em cinco níveis de concentrado (0:100, 25:75, 50:50, 75:25 e 100:0), adicionado ou não de monensina (5µM). Houve efeito linear decrescente do nível de concentrado sobre a concentração de amônia e degradabilidade da proteína bruta (DPB), e efeito cúbico sobre a concentração de proteína solúvel, com máximo valor em dieta com 25% de concentrado. A monensina diminuiu a DPB e a concentração de proteína solúvel, sem afetar a produção de amônia. No segundo experimento, foram incubados cinco diferentes volumosos (silagens de milho - Zea mays L. e de capim-elefante - Pennisetum purpureum, silagem pré-secada de braquiária -Brachiaria decumbens, feno de Tifton 85 -Cynodon sp. amonizado e feno de Tifton 85). A silagem pré-secada de capim-braquiária e o feno de Tifton 85 amonizado apresentaram as maiores concentrações de amônia (8,7 e 5,3mg/dl) e proteína solúvel (5,4 e 7,0mg/dl), devido aos seus maiores teores de PB, seguidos da silagem de capim-elefante e feno de Tifton 85. A DPB variou de 29,6 a 80,6%, para a silagem pré-secada de braquiária e para o feno de Tifton 85, e a degradabilidade potencial da matéria seca de 40,1 a 64,3%, para a silagem de capim-elefante e silagem pré-secada de braquiária, respectivamente. A degradabilidade efetiva da proteína bruta apresentou baixos valores devido à baixa taxa de degradação da fração insolúvel. No terceiro experimento, foram incubados diferentes tipos de camas de frango (casca de café, capim-elefante seco picado, sabugo de milho ou cepilho), contendo ou não monensina (5µM). Não houve diferença nas concentrações de amônia entre as diferentes camas de frango, na ausência de monensina. Entretanto, com monensina, a cama de capim-elefante apresentou o menor nível de amônia e a de cepilho, o maior. As camas influenciaram o conteúdo de proteína solúvel e a DPB, que variaram de 9,0 a 14,5mg/dl e 39 a 63%, respectivamente, sem efeitos da monensina.
Three experiments were carried out in order to study the parameters of ruminal protein degradation. In the first, isoproteic diets, constituted of elephant grass, ground corn and soybean meal, at five concentrate levels (0:100, 25:75, 50:50, 75:25 e 100:0), with or without monensin (5µM), were incubated in ruminal fluid of bovines. There was a decreasing linear effect of the concentrate level on ammonia concentration and degradability of crude protein, and cubic effect in soluble protein concentration, with the largest value in the diet with 25% concentrate. Monensin decreased degradability of crude protein and soluble protein concentration with no effect on ammonia production. In the second, five different roughages (corn and elephant grass silage - Pennisetum purpureum, Brachiaria haylage - Brachiaria decumbens, ammoniated Tifton 85 hay - Cynodon sp. e Tifton 85 hay). The were incubated Brachiaria haylage and the ammoniated Tifton 85 hay showed the greatest concentrations of ammonia (8.7 and 5.3mg/dl) and soluble protein (5.4 and 7.0mg/dl), due to their higher crude protein content, followed by elephant grass silage and Tifton 85 hay. The degradability of crude protein ranged from 29.6 to 80.6% for Brachiaria haylage and Tifton 85 hay, and the degradability of dry matter ranged from 40.1 to 64.3% for elephant grass silage and Brachiaria haylage, respectively. The effective degradability of crude protein showed low values due to low degradation rate of the insoluble fraction. In the third, four different poultry litter (hulls coffee, shopped dry elephant grass, corn cobs and wood shavings) were incubated, with or without monensin (5µM). No difference in ammonia concentration among the poultry litter samples, was observed in the absence of monensin. However, when monensin was present, the grass poultry litter showed the lowest ammonia level and wood poultry litter the highest. The poultry litter influenced the soluble protein content and the degradability of crude protein, which ranged from 9.0 to 14.5 mg/dl and 39 to 63%, respectively, with no monensin effects.