O experimento foi realizado para avaliar a produtividade, o perfilhamento, a porcentagem de lâmina/haste e a composição bromatológica (PB, FDN e FDA) de três variedades (Africano, Americano e BN-2) de milheto (Pennisetum glaucum (L) R. Br.) em três idades de corte (35, 42 e 49 dias). Na primeira fase da pesquisa, foi utilizado delineamento experimental em blocos casualizados, em um esquema de parcelas subdivididas no tempo, com quatro repetições. Na fase de rebrota, o delineamento foi inteiramente casualizado, com o mesmo número de repetições. As parcelas principais foram representadas pelas variedades e as subparcelas, pelas três idades de corte. A produção média de MS durante a fase de corte foi similar entre as variedades (4.360, 4.204 e 3.247 kg/MS/ha para as variedades Africano, Americano e BN-2, respectivamente), ao passo que os teores de PB, FDN e FDA e a relação lâmina/haste diferiram (Americano: 16,71% PB; 56,29% FDN e 30,04% FDA; BN-2: 16,30% PB; 55,93% FDN e 30,98% FDA; Africano: 15,36% PB; 60,55% FDN e 34,55% FDA). Com o avançar da idade de corte, a produtividade e os teores de FDN e FDA aumentaram, enquanto a relação lâmina/haste e o teor de PB decresceram linearmente. Na rebrota, a produtividade diminuiu, mas os teores médios de PB, FDN e FDA não diferiram entre as variedades (Americano: 20,21% PB; 53,19% FDN e 26,72% FDA; BN-2: 20,43% PB; 53,42% FDN e 27,06% FDA; Africano: 19,75% PB; 52,45% FDN e 27,44% FDA), observando-se diferença para a relação média lâmina/haste. O valor nutritivo da forragem na rebrota manteve-se acima dos encontrados na primeira fase de corte. As maiores porcentagens de lâminas foram observadas nas variedades Americano e BN-2 e as maiores de hastes, na variedade AFRICANO. As melhores variedades para uso na alimentação animal são: Americano e BN-2 e a melhor idade de corte é de 49 dias.
The objective of this experiment was to evaluate the productivity, tillering, leaf blade/stem ratio and chemical composition (CP, NDF and ADF) of three pearl millet (Pennisetum glaucum (L.) R. BR.) varieties (African, American and BN-2) submitted to three different cutting ages (35, 42 and 49 days). During the first growth period, a split-plot arrangement in a complete randomized block design was used with varieties being the main plots and cutting ages the subplots. During regrowth, a complete randomized design was used. In both cases, there were four replications per treatment. Dry matter yield among varieties was similar (4,360, 4,204, and 3,247 kg/DM/ha) for the varieties African, American and BN-2, respectively. The CP (15.36, 16.71, and 16.3%), NDF (60.55, 56.29, and 55.93%) and ADF (34.55, 30.04, and 30.98%) concentrations as well as the leaf blade/stem percentages differed among African, American and BN-2 varieties, respectively. Dry matter productivity, NDF, and ADF concentrations increased with the advance of cutting age while leaf blade/stem ratio and CP decreased linearly. Productivity was reduced during regrowth, however, the average CP (19.75, 20.21, and 20.43%), NDF (52.45, 53.19, and 53.42%) and ADF (27.44, 26.72, and 27.06%) concentrations did not differ among African, American and BN-2 varieties during this period, respectively. The leaf blade/stem ratio, however, differed among them during regrowth. Forage nutritive value at regrowth was greater than during first growth period. American and BN-2 varieties presented the highest leaf blade percentage while the African variety showed the highest stem percentage. Thus, the best forage varieties are American and BN-2 and the best cutting age is 49 days.