Este artigo consiste em um debate realizado entre Michel Löwy e Michael Cahen em meados dos anos 1990 e revisto para esta publicação. Mesmo que a discussão refira-se a acontecimentos que até certo ponto podem ser considerados datados, a preocupação de fundo que é comum a esses artigos concede-lhes atualidade: a necessidade do aprofundamento de uma reflexão, a partir da teoria marxista, sobre o problema dos nacionalismos e do internacionalismo em tempos de mundialização. Esse aprofundamento, segundo os autores, faz-se necessário sobretudo por meio de uma reflexão que rompa criticamente com uma visão eurocêntrica dos diferentes nacionalismos e que supere a atitude de muitos marxistas de desprezarem tudo aquilo que não seja diretamente relevante à "consciência de classe".
This article is made up by a debate that went on between Michel Löwy and Michael Cahen in the mid-1990s that has been edited for this publication. Although the discussion refers to events that to a certain extent may be considered dated here, the underlying concern these articles share provides their current relevance: the need for deepening reflections, via Marxist theory, on the problem of national and internationalism in times of globalization. This deepening, according to the authors, demands reflections that offer a critical break with the Eurocentrist view of different nationalisms and go beyond the attitude of many Marxists who held everything that was not directly related to "class consciousness" in disregard.
Cet article porte sur un débat réalisé entre Michel Löwy et Michael Cahen au milieu des années 1990 et est révisé pour cette publication. Même si la discussion se reporte à des événements qui d'une certaine manière peuvent être considérés comme datés, la préoccupation de fond, assez courante en ce qui concerne ces articles, la rend actuelle : il faut approfondir la réflexion, à partir de la théorie marxiste, sur le problème des nationalismes et de l'internationalisme sous l'ère de la mondialisation. Cet approfondissement, selon les auteurs, est nécessaire surtout par l'intermédiaire d'une réflexion qui provoque d'une façon critique la rupture de la vision eurocentrique des différents nationalismes et qui dépasse l'attitude de plusieurs marxistes qui ignorent tout ce qui ne soit pas directement lié à la "conscience de classe".