RESUMO Objetivos: Avaliar a espessura de coroide pré-tratamento e após 6 meses da injeção intravítrea de anti-fator de crescimento vascular endotelial (anti-VEGF) em pacientes com edema macular diabético (EMD), utilizando a tomografia de coerência óptica de domínio espectral (SD-OCT). Métodos: Análise retrospectiva, com revisão de prontuários, foi realizada para identificação de pacientes submetidos a tratamento com injeções intravítreas de anti-VEGF, no regime pro re nata, para tratamento de EMD. As medidas da espessura de coroide pré-tratamento foi comparada com as medidas após acompanhamento de 6 meses. Resultados: Trinta e nove olhos de 39 pacientes (15 femininos, 24 masculinos) foram incluídos, com idade média de 62,43 ± 8,7 anos (variando de 44-79 anos). Trinta e três olhos foram tratados com ranibizumab e 18 com bevacizumab. O número médio de injeções de anti-VEGF foi 2,28 ± 1,27 (variando de 1-5). A medida média pré-tratamento da espessura de coroide nasal, subfoveal e temporal foi 234,10 ± 8,63 µm, 246,89 ± 8,94 µm e 238,12± 8,20 µm, respectivamente. Após acompanhamento de 6 meses as medidas médias da espessura de coroide foram 210,46 ± 8,00 µm, 215,66 ± 8,29 µm e 212,43 ± 8,14 µm. A diferença entre as medidas médias pré e pós tratamento foi estatisticamente significante (p=0,0327) em todos os pontos medidos. Conclusão: Após um período de 6 meses, o uso de injeções intravítreas de anti-VEGF foi associado com diminuição significante da espessura de coroide nos pacientes com EMD. O significado clínico de uma coroide mais fina nos pacientes com EMD é desconhecido mas pode causar eventos adversos a longo prazo para função da coroide e retina, representando uma área para futura investigações.
ABSTRACT Purpose: To evaluate choroidal thickness (CT) using spectral domain optical coherence tomography (SD-OCT) imaging at baseline and 6 months after intravitreal anti-vascular endothelial growth factor (anti-VEGF) treatment in patients with diabetic macular edema (DME). Methods: A retrospective chart review was performed to identify patients with DME who underwent intravitreal injection of anti-VEGF (bevacizumab or ranibizumab) in a pro re nata (PRN) regimen. Subfoveal choroidal thickness was compared between values obtained at baseline and at 6-month follow-up visits. Results: Thirty-nine eyes (15 females, 24 males) from 39 patients were enrolled (mean age, 62.43 ± 8.7 years; range, 44-79 years). Twenty-three and 16 eyes were treated with ranibizumab and bevacizumab respectively. The mean number of anti-VEGF injections was 2.28 ± 1.27 (range, 1-5). Mean nasal, subfoveal, and temporal choroidal thickness (CT) measurements at baseline were 234.10 ± 8.63 µm, 246.89 ± 8.94 µm, and 238.12 ± 8.20 µm, respectively, and those at 6 months post-treatment were 210.46 ± 8.00 µm, 215.66 ± 8.29 µm, and 212.43 ± 8.14 µm, respectively. Significant differences in CT were observed between baseline and the 6-month follow-up at all measured points (p=0.0327). Conclusions: Over a 6-month period, the use of intravitreal anti-VEGF was associated with significant thinning of the choroid in patients with DME. The clinical significance of a thinner choroid in DME is currently unknown; however, it may contribute to long-term adverse effects on choroidal and retinal function, representing an area requiring future investigation.