Resumo: Este artigo se propõe a pensar o lugar da resistência, em sentido teórico-conceitual, articulando, para tanto, a assim chamada teoria crítica da sociedade, aqui tomada a partir de algumas reflexões de Max Horkheimer e Theodor W. Adorno, e a teoria social de Lélia Gonzalez. Ao fundamentar o olhar nessas duas perspectivas teóricas, gestadas em contextos históricos e sociais bastante distintos, busco apontar como podem se complementar e, desse modo, enriquecer a visada crítica sobre as manifestações contemporâneas do autoritarismo. Está pressuposto, portanto, que apesar das diversas mudanças ocorridas nas últimas décadas, há alguns elementos-chave constitutivos de como as formas de repressão e marginalização atuam no capitalismo, (re)produzindo uma miríade de desigualdades, sobretudo as de cunho étnico-racial. Consequentemente, fomentar a resistência permanece traço vital que deve estar no horizonte da prática intelectual das ciências sociais.
Abstract: This article seeks to reflect upon the place of resistance in a conceptual-theoretical sense, hereto articulating so called critical theory of society, based upon diagnosis brought forward specially by Max Horkheimer and Theodor W. Adorno, and the social theory of Lélia Gonzalez. By rooting its viewpoint in these two theoretical perspectives, conceived in very different historical and social contexts, I aim to address how they complement themselves and, as such, enhance the critical view on contemporary authoritarian manifestations. Notwithstanding the various changes taking place during the last decades, it thus presupposes that a number of key elements are constitutive of how the forms of repression and marginalization express themselves in capitalist societies, (re)producing an array of inequalities, foremost those of ethnic and racial kind. Hence, fostering resistance remains a vital quality to compose the horizon of intellectual practice of the social sciences.
Resumen: Este artículo propone pensar el lugar de la resistencia, en un sentido teórico-conceptual, articulando la teoría crítica de la sociedad, basada sobre algunas reflexiones de Max Horkheimer y Theodor W. Adorno, y la teoría social de Lélia Gonzalez. Basando la mirada en estas dos perspectivas teóricas, gestadas en contextos históricos y sociales bastante diferentes, busco señalar cómo pueden complementarse y, de esta manera, enriquecer la mirada crítica de las manifestaciones contemporáneas del autoritarismo. Se asume, por tanto, que a pesar de los diversos cambios que se han producido en las últimas décadas, existen elementos clave que constituyen la forma en que las formas de represión y marginación actúan en el capitalismo, (re)produciendo una miríada de desigualdades, especialmente las de origen étnico-racial. En consecuencia, fomentar la resistencia sigue siendo un rasgo vital que debe estar en el horizonte de la práctica intelectual de las ciencias sociales.