The first appearance of nursing in psychiatry was as knowledge subsidiary to medical practice. Such origin offers elements to outline the beginning of a professional identity based on knowledge, which are yet unspecific in psychiatric nursing. It is only in the 1950’s that such knowledge would become formal and systemized, a moment associated with the first theorizations of psychiatric nursing practice. The objective of this article is to reflect on the specificity of psychiatric nursing knowledge from an historical-critical perspective. It is a reflection about a literature review on psychiatric nursing knowledge (performed on Medline and Cinahl databases) using a fictional clinical setting as the strategy for analysis. The analyses are founded on the Lacan’s elaborations on science, knowledge and his theorization of discourses as well as the analysis used by Almeida and Rocha about nursing knowledge. Hence, we analyzed two aspects of psychiatric nursing knowledge: one formal and systematized, and another informal, non-systematized and in the scientific standards, both determining and/or influencing psychiatric nursing practice since the beginning. We reflected on the improvements that were achieved, but also on the effects from denying knowledge specific to nursing. In view of the numerous published studies and reflections, there is consensus on the urgency to build new knowledge and practice. We have a firm belief on the pertinence, relevance and urgency of addressing our specific knowledge acknowledging our masters, questioning them in the search for answers to new questions, based on questions made by the subject who suffers.
La enfermería surge en el campo de la psiquiatría inicialmente como un conocimiento de apoyo a la práctica médica. Tal origen brinda elementos para que se construyan los esbozos de una identidad profesional respaldada por conocimientos, en aquel momento, aún no específicos de la enfermería psiquiátrica. Se sabe que, por lo pronto, dicho saber formalizado y sistematizado sólo se constituiría como tal a partir de los años ’50, momento al que están asociadas las primeras teorizaciones de la práctica de la enfermería psiquiátrica. El objetivo de este artículo es reflexionar sobre los conocimientos de la enfermería psiquiátrica en su especificidad, en una perspectiva histórico-crítica. Se trata de una reflexión acerca de los conocimientos de enfermería psiquiátrica sustentada en una revisión bibliográfica (realizada en las bases Medline y Cinahl) que utiliza una escena clínica ficticia como estrategia de marco de análisis. Los análisis se fundamentan en las elaboraciones lacanianas acerca de la ciencia, del saber y en la teorización de sus discursos, así como en el análisis emprendido por Almeida y Rocha respecto de los conocimientos de enfermería. De tal modo, analizamos los conocimientos de enfermería psiquiátrica en sus dos frentes: uno formal y sistematizado y otro informal, no sistematizado dentro de los moldes científicos, ambos determinando y/o influenciando las prácticas de enfermería psiquiátrica desde sus fundamentos. Reflexionamos acerca de los avances alcanzados, pero también acerca de los efectos devenidos de una negación del conocimiento específico de la enfermería. Frente a las innumerables investigaciones y reflexiones publicadas, existe un consenso: la urgencia para que construyamos nuevos conocimientos y quehaceres. Creemos firmemente en la pertinencia, relevancia e inmediatez de inclinarnos hacia nuestros conocimientos específicos, retomando o reconociendo a nuestros maestros, cuestionándolos en busca de respuestas y de nuevas preguntas, todo eso a partir de los cuestionamientos originados en el sujeto que sufre.
A enfermagem surge no campo da psiquiatria inicialmente enquanto saber subsidiário à prática médica. Tal origem fornece elementos para que se construam os primórdios de uma identidade profissional, sustentada por saberes, e, nesse momento, ainda, não específicos da enfermagem psiquiátrica. Sabe-se que, no entanto, esse saber formalizado e sistematizado só se constituirá como tal a partir dos anos 50, momento em que estão associadas as primeiras teorizações da prática de enfermagem psiquiátrica. O objetivo desse artigo foi refletir sobre os saberes da enfermagem psiquiátrica em sua especificidade, numa perspectiva histórico-crítica. Trata-se de reflexão acerca dos saberes da enfermagem psiquiátrica, sustentada em revisão bibliográfica (realizada nas bases MEDLINEe CINAHL) que utiliza uma cena clínica fictícia como estratégia de recorte para análise. As análises fundamentam-se nas elaborações lacanianas acerca da ciência, do saber e na sua teorização dos discursos, bem como na análise empreendida por Almeida e Rocha acerca dos saberes de enfermagem. Assim, analisaram-se, aqui, os saberes de enfermagem psiquiátrica em suas duas frentes: uma formal e sistematizada e outra informal, não sistematizada, dentro dos moldes científicos, ambas determinando e/ou influenciando as práticas de enfermagem psiquiátrica desde seus primórdios. Refletiu-se acerca dos avanços alcançados, mas, também, dos efeitos advindos da negação do saber específico da enfermagem. Diante das inúmeras pesquisas e reflexões publicadas há consenso: a premência de se construir novos saberes e fazeres. Acredita-se, firmemente, na pertinência, relevância e urgência de se debruçar sobre os saberes específicos, retomando ou reconhecendo os mestres, questionando-os em busca de respostas e de novas perguntas, tudo isso a partir das questões encetadas pelo sujeito que sofre.