RESUMO Diversos estudos têm abordado como as formas de coordenação são condicionadas por mecanismos sociais, como confiança, reciprocidade, controle, cooperação e cópia. Esse nível de análise é uma crítica à tradição utilitarista, que pressupõe o comportamento econômico minimamente afetado pelos relacionamentos e pela estrutura social. Em contrapartida, na perspectiva institucional e na sociologia econômica, o comportamento econômico está imerso nas relações sociais, em que estão presentes o controle, o isomorfismo e a homogeneidade das formas organizacionais. Nesse sentido, este artigo analisa como o isomorfismo (mimético, normativo e coercitivo) e a capacidade de controle suportam uma estrutura de coordenação coesa e estável entre as empresas de uma planta modular da indústria automotiva. Ao conciliar o isomorfismo e o controle, combinam-se duas perspectivas institucionais de campo, distintas, porém complementares: 1) a primeira perspectiva de campo, entendida como a totalidade dos atores relevantes, em que se constroem significados comuns; e 2) a segunda perspectiva de campo, entendida como uma esfera institucional de interesses com disputas de poder. A pesquisa é de natureza exploratória, descritiva, baseada em estudo de caso e entrevistas com o diretor de produção da montadora e com outros dois diretores de produção dos fornecedores modulistas. Alguns resultados da pesquisa mostram como a montadora emprega mecanismos e rotinas altamente institucionalizadas, capazes de controlar e homogeneizar o comportamento e o desempenho dos fornecedores de autopeças. Esses mecanismos não se limitam tão somente aos aspectos formais das relações, mas também aos aspectos informais (relações, confiança, normas etc.), capazes de institucionalizar diversas das práticas produtivas e de estabilizar as relações na coordenação das atividades da planta. O artigo lança a atenção para o paradoxo da agência socialmente imersa, o controle e a homogeneidade presente nas relações interorganizacionais. O artigo também contribui para o entendimento de como os aspectos socialmente imersos estão presentes nos processos de coordenação entre as empresas.
ABSTRACT Several studies have addressed how forms of coordination are conditioned by social mechanisms such as trust, reciprocity, control, cooperation and copying. This level of analysis is a critique of the utilitarian tradition, which assumes economic behavior is only minimally affected by relationships and social structure. On the other hand, from the institutional perspective and in economic sociology, economic behavior is embedded in social relations, in which control, isomorphism and the homogeneity of organizational forms are present. In this sense, this article examines how isomorphism (mimetic, normative and coercive) and the ability to control support a cohesive and stable coordinating structure in a modular plant belonging to the automotive industry. By combining isomorphism and control, we combine two institutional field perspectives that are different but complementary: 1) the first field perspective, understood as the total number of relevant actors, where shared meanings are built; and 2) the second field perspective, understood as an institutional sphere of interests which includes power struggles. Research is exploratory, descriptive, based on case studies and interviews with the automaker’s production director and with another two modular suppliers’ production directors. Some research results show how the automaker employs highly institutionalized mechanisms and routines that are capable of controlling and homogenizing the behavior and performance of parts suppliers. These mechanisms are not limited merely to the formal aspects of relationships, but also to its informal aspects (relationships, trust, rules, etc), capable of institutionalizing various production practices and of stabilizing relationships within the coordination of plant activities. The article points to the paradox of the socially embedded agency, to control and to homogeneity present in interorganizational relationships. The article also contributes to the understanding of how socially embedded aspects are present in coordination processes between companies.
RESUMEN Varios estudios han abordado cómo las formas de coordinación están condicionadas por mecanismos sociales, tales como la confianza, la reciprocidad, el control, la cooperación y la copia. Este nivel de análisis es una crítica de la tradición utilitarista, que asume el comportamiento económico mínimamente afectada por las relaciones y la estructura social. Pero el punto de vista institucional y en la sociología económica, el comportamiento económico está inmerso en los sistemas concretos de las relaciones sociales en curso, que son el control de la actualidad, el isomorfismo y la homogeneidad de las formas de organización. Este artículo examina el isomorfismo y la capacidad para soportar una estructura de control para coordinar la planta modular cohesiva y estable. Al combinar el isomorfismo y el control, se combinan dos perspectivas distintas sobre el terreno institucional, pero complementarios: 1) el terreno como la totalidad de los actores relevantes en la construcción de significados compartidos y 2 de campo) como una esfera de interés en la lucha de poder institucional. La investigación es exploratoria, descriptiva, basada en estudio de caso y entrevistas con el director y montador de producción con dos proveedores de otros directores de producción modulistas. Algunos resultados de la encuesta muestran cómo la automotriz emplea mecanismos altamente institucionalizados y rutinas capaces de controlar y homogeneizar el comportamiento y desempeño de los proveedores de piezas. Estos mecanismos no se limitan sólo a los aspectos formales de la relación, sino también a los aspectos informales (relaciones, la confianza, las normas, etc.) regalos, capaces de institucionalizar las prácticas de producción que disponen y estabilizan las relaciones en la coordinación de las actividades de producción de la planta. El artículo parte de la atención sobre la paradoja de la agencia socialmente inmersa, control y homogeneidad en las relaciones interorganizacionales. El artículo también contribuye a la comprensión de cómo los aspectos integrados socialmente están presentes en los procesos de coordinación entre empresas