A fertilidade em vacas de leite está em decréscimo e, de modo geral, a detecção eficiente do estro em vacas lactantes é baixa, já que a expressão do estro é frequentemente comprometida. Em conseqüência desse fato, estro não detectado, baixas taxas de eficiência de IA e longos intervalos de partos são as principais causas da baixa eficiência reprodutiva. Embora a falta de capacidade para emprenhar e manter-se prenhe seja a principal razão para o descarte em rebanhos leiteiros, a taxa de prenhez pode ser melhorada pelo aumento da eficiência da IA através do aumento da eficiência de detecção de cio, inseminação artificial em tempo fixo, ou ainda transferência de embriões em tempo fixo. Nesses protocolos, o desenvolvimento folicular ovariano e a luteólise são controlados, culminando na sincronização da ovulação na maioria dos animais. Existem inúmeras modificações para aumentar as taxas de prenhez em protocolos de IA em tempo fixo, como, por exemplo, a pré-sincronização com 2 doses de PGF2a com 14 dias de intervalo, e iniciando o protocol Ovsynch 12 dias após a segunda aplicação de PGF2a. Programas de IA em tempo fixo garantem melhor controle da idade ao primeiro serviço; o qual deve ser acompanhado de um diagnóstico de prenhez precoce para identificar vacas vazias e uma rápida reinseminação. Contudo, em um recente estudo de campo com 23 rebanhos de vacas leiteiras, o tempo médio entre o primeiro e segundo serviço foi de 42 dias, sendo que apenas 28% das vacas estavam reinseminadas aos 24 dias após o primeiro serviço. Felizmente, existem vários protocolos de resincronização para reduzir o intervalo de serviços. Vacas em anestro ou com cistos ovarianos foliculares têm boa chance de emprenhar quando submetidas a protocolos de sincronização da ovulação e IA em tempo fixo. A transferência de embrião em tempo fixo é uma alternativa prática e viável para a sincronização e seleção de receptoras bovinas para transferência de embriões. Em síntese, o uso sistemático e sensato de IA e a transferência de embrião em tempo fixo podem aumentar o desempenho reprodutivo e melhorar a produtividade do rebanho.
Fertility of dairy cattle is generally decreasing. Overall estrus detection efficiency in lactating dairy cattle is low, as expression of estrus is often compromised. Consequently, undetected estrus, low AI-submission rates, and long inter-breeding intervals are the main contributors to poor reproductive efficiency. Although failure to become pregnant is the most common reason for culling dairy cattle, pregnancy rates could be improved by increasing the AI-submission rate through increased estrus detection efficiency, timed insemination (Timed-AI), or timed embryo transfer (Timed-ET). In these protocols, ovarian follicular development and luteolysis are controlled, culminating in synchronous ovulation in most cows. There are several modifications to improve pregnancy rates in Timed-AI protocols, e.g. presynchronization with 2 doses of PGF2a 14 d apart, and starting the Ovsynch protocol 12 d after the 2nd PGF2a. Timed-AI programs ensure a timely first breeding; this should be followed with early pregnancy diagnosis to identify nonpregnant cows, and prompt re-insemination. However, in a recent field study involving 23 dairy herds, the mean interval between 1st and 2nd breeding was 42 d; only 28% of the cows were rebred within 24 d after 1st breeding. Fortunately, there are several resynchronization protocols to reduce inter-breeding intervals. Anestrus cows, or those with cystic ovarian follicles, have a good chance of conceiving when subjected to synchronization of ovulation and Timed-AI. Furthermore, Timed-ET is a practical and viable option for synchronizing and selecting recipient cattle for embryo transfers. In summary, systematic and judicious use of Timed-AI and Timed-ET protocols can greatly enhance reproductive performance, and improve herd productivity.