Resumo: Para Paul Auster, um quarto é, em essência, “a própria substância da solidão”, uma solidão espacialmente definida. Nesse sentido, o fenômeno transcendeu suas limitações físicas e assumiu significado existencial e filosófico. Em seus escritos, uma sala é, antes de tudo, um espaço arquitetônico que um escritor solitário ocupa; além disso, é metaforizado como a mente que é a sala - um espaço construído intelectualmente; e, por fim, é um lugar narrado em suas histórias, onde seus personagens meditam e compõem, um espaço que existe em palavras. O artigo realiza estudos sobre os escritos da vida de Auster e uma de suas ficções, Homem no Escuro, para apresentar a complexidade das três formas de quartos solitários e sua mútua inclusão na solidão intersubjetiva.
Abstract: For Paul Auster, a room is in essence “the substance of solitude itself”, a spatially defined solitude. In this respect, the phenomenon has transcended its physical limitations and assumed existential and philosophical significance. In his writings, a room is first and foremost an architectural space that a solitary writer occupies. Besides, it is metaphorized as the mind that is the room - an intellectually constructed space; and lastly, it is a place narrated in his stories where his characters meditate and compose, a space that exists in words. This paper studies Auster’s life writings and one of his fictions, Man in the Dark, to present the complexity of the three forms of solitary rooms and their mutual inclusion in intersubjective solitude.