Este trabalho relata nossa experiência com a utilização de enxerto composto em cirurgia de revascularização do miocárdio minimamente invasiva (CRMMI). Uma alternativa para a CRMMI é o uso de enxertos compostos, nos casos em que se pretende revascularizar vários ramos coronarianos, quando a artéria torácica interna se apresenta curta ou ramifica-se precocemente. Foi operada paciente do sexo feminino, 54 anos, portadora de lesão de 90% em artéria interventricular anterior em seu terço proximal e que foi submetida à CRMMI por minitoracotomia esquerda. A artéria torácica interna esquerda (ATIE) foi amplamente dissecada utilizando-se bisturi longo, auxílio de ótica de videotoracoscopia e clipe para ligadura dos ramos intercostais. Após a secção da ATIE houve ausência de fluxo sangüíneo e evidência de hematoma e dissecção da sua luz no terço distai. Este segmento comprometido foi desprezado e a ATIE foi prolongada por interposição de segmento de veia safena autógena, tornando possível a anastomose com o ramo interventricular anterior. A operação teve duração de 3 horas. A paciente foi extubada após 4 horas de pós-operatório e o dreno pleural esquerdo foi retirado no 3º dia; a paciente evoluiu bem, não apresentando intercorrências clínicas pós-operatórias, tendo recebido alta hospitalar 5 dias após a operação. A cineangiocoronariografia pós-operatória comprovou anastomose patente. O estudo com ecodoppler realizado no 4º mês de pós-operatbrio mostrou derivação pérvia e fluxo de alta resistência. Em conclusão, o uso de enxerto composto para CRMMI mostrou ser uma alternativa eficaz para ampliar a extensão da ATIE, possibilitando a anastomose, quando a mesma é curta ou apresenta problemas de fluxo ou, ainda, se se pretende tratar mais de uma coronária
This paper reports our experience with the use of compound grafts in minimally invasive coronary artery bypass graft (MICABG). An alternative for MICABG is the use of compound grafts in cases where several coronary branches are to be revascularized, when internal mammary artery is demonstrated to be short, or branches off early. One female patient, 54 years old, with a lesion of 90% in the third proximal part of the left descending artery (LAD), was operated upon, submitted to MICABG by left rainithoracotomy. The left internal mammary artery (LIMA) was amply dissected by the use of a long electrocautery, with the help of a videothoracoscope, and a clip for ligation of the intercostal branches. Following the sectioning of the LIMA, there was absence of blood flow and technical problems at the distal third. This compromised segment was disposed off and the LIMA was lengthened using the interpositioning of a saphenous vein segment, making possible the anastomosis with the LAD. Surgery was three hours long and the patient extubated fours hours postoperatively; the left pleural drainage tube was removed on the third day. Patient follow-up was satisfactory, without clinical problems; patient left the hospital in the fifth postoperative day. Postoperative cineangiocoronariography showed anastomosis patency; echodopplercardiogram performed on the fourth postoperative month showed patency and high resistence flow. In conclusion, the use of compound grafts for MICABG showed to be an efficient alternative to amplify the extension of the LIMA, enabling anastomosis when this artery is short or presents flow problems, or even if there is intention of treating more than one coronary artery.