Este estudo teve como objetivo, avaliar e comparar a intensidade da dor referida por pacientes com fibromialgia, osteoartrite e lombalgia visando propor o tratamento fisioterapêutico mais adequado para estes grupos de pacientes. PACIENTES E MÉTODOS: Participaram do estudo 64 pacientes, sendo 24 com fibromialgia, 22 com osteoartrite e 18 com lombalgia. Foi utilizada a versão em português do Questionário de Dor da McGill onde os sujeitos deveriam escolher uma ou nenhuma palavra de uma lista de palavras organizadas em quatro categorias: sensorial, afetiva, avaliativa e micelânia, a que melhor descrevesse a dor que eles sentiam. RESULTADOS: Os pacientes com fibromialgia referiram, comparativamente, dor mais intensa o que pode ser observado através da escolha de um número mais alto de descritores das categorias afetiva e sensorial do que os outros dois grupos e somente eles escolheram específicos descritores afetivos tais como: "maldita", "miserável", "exaustiva", "enlouquecedora". CONCLUSÃO: A partir dos dados, pudemos verificar que cada patologia apresenta uma qualidade única de experiência da dor, já que houve escolha de palavras específicas pelos pacientes dos três grupos, sugerindo que juntamente com tratamento físico, nos pacientes com fibromialgia, que mostraram um forte componente psico-emocional, sejam incluídos também, cuidados emocionais/afetivos.
The purpose of this study was to evaluate and compare pain as reported by outpatients with fibromyalgia, osteoarthritis, and low back pain, in view of designing more adequate physical therapy treatment. PATIENTS AND METHODS: A Portuguese version of the McGill Pain Questionnaire - where subjects are asked to choose, from lists of pre-categorized words, one or none that best describes what they feel - was used to assess pain intensity and quality of 64 patients, of which 24 had fibromyalgia, 22 had osteoarthritis, and 18 had low back pain. The pre-categorized words were organized into 4 major classes -- sensory, affective, evaluative, and miscellaneous. RESULTS: Patients with fibromyalgia reported, comparatively, more intense pain through their choice of pain descriptors, both sensory and affective; they also chose a higher number of words from these classes than patients in the other groups and were the only ones to choose specific affective descriptors such as "vicious", "wretched", "exhausting", "blinding". CONCLUSION: Assuming that each disease presents unique qualities of pain experience, and that these can be pointed out by means of this questionnaire by patients' choice of specific groups of words, the findings suggest that fibromyalgia include not only a physical component, but also a psycho-emotional component, indicating that they require both emotional/affective and physical care.