Resumo Este trabalho objetivou identificar as estratégias desenvolvidas por micro e pequenas empresas (MPE) do turismo ludovicense para enfrentar a crise provocada pela COVID-19. Adicionalmente, detectou-se impactos da pandemia sobre os negócios. Metodologicamente, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa, transversal, descritiva e exploratória com MPE de hospedagem, transporte, agenciamento, A&B, consultoria, cerimonial e eventos. Os dados foram coletados, por meio de roteiro semiestruturado contendo as categorias: impactos e gerenciamento de crise. Utilizou-se a técnica de análise de conteúdo. Os resultados apontam impactos negativos, como “dificuldades financeiras”, e positivos, a exemplo das “oportunidades de qualificação profissional”. Empresas de A&B obtiveram “melhorias no faturamento” graças ao delivery. As estratégias para enfrentamento versam sobre gestão de marketing, finanças, operacional e pessoas, e variam conforme segmentos e stakeholders envolvidos. No geral, as empresas não fazem planos contingenciais e agem de forma responsiva às crises. Destacou-se a atuação de instituições públicas e privadas no “apoio técnico e financeiro” aos negócios, embora a “lentidão no acesso aos subsídios financeiros” venha comprometendo o futuro das MPE. Para o pós-crise, os empreendimentos almejam estratégias que estejam em consonância ao “novo normal” e fortaleçam a percepção de segurança nos consumidores.
Abstract This study aimed to identify the strategies developed by micro and small tourism companies to face the crisis caused by COVID-19 in São Luís, Maranhão, Brazil. In addition, the effects of the pandemic on business were examined. Therefore, a qualitative, cross-sectional, descriptive and exploratory research project was developed with micro and small business in the following sectors: lodging, transportation, agency, F&B, consultancy, ceremonies and events. Data were collected through a semi-structured script containing the categories crisis impacts, crisis planning, implementation of crisis management and post-crisis management. A content analysis technique was used. The results show negative impacts, such as ‘financial difficulties’, and positive impacts, such as ‘professional qualification opportunities’. F&D companies achieved ‘improvements in revenue’ due to delivery. The strategies used to face the pandemic deal with marketing, finances, operational and HR management, and they vary according to the type of segments and stakeholders involved. In general, companies do not make contingency plans and act responsively to crises. Findings also point out the performance of public and private institutions in ‘technical and financial support’ to businesses, although ‘slow access to financial subsidies’ has been jeopardising the future of businesses. For the post-crisis period, firms aim for strategies that are in line with the new normal and that strengthen consumers’ sense of safety.
Resumen En este artículo se buscó conocer las estrategias de las micro y pequeñas empresas (MPE) del turismo de São Luís (MA) para reaccionar ante la crisis causada por la COVID-19. Además, se detectaron los impactos de la pandemia en los negocios. Esta investigación es cualitativa, transversal, descriptiva y exploratoria que utilizó un guión semiestructurado con las categorías: impactos y gestión de crisis. Las entrevistas fueron desarrolladas con alojamientos, agencias (transporte y turismo), restaurantes, consultoría, bodas y eventos. Se utilizó la técnica de Análisis de Contenido. Los hallazgos indican impactos negativos, “dificultades financieras” y positivos, como “oportunidades de calificación profesional”. Los restaurantes lograron “mejoras en el desempeño financiero” debido a las entregas. Para reaccionar ante la crisis realizaron la gestión operativa, de marketing, finanzas y recursos humanos, que varían según los segmentos y las partes interesadas e involucradas. En general, las MPE no presentan planes de contingencia y actúan de manera reactiva ante la crisis. Se destacó, aún, el “apoyo técnico y financiero” de instituciones públicas y privadas, aunque el "acceso lento a los subsidios financieros" ha puesto en peligro el futuro de las empresas. Para el período posterior a la crisis, los negocios buscan estrategias que estén en línea con la "nueva normalidad" y mejoren la percepción de seguridad en los consumidores.