RESUMO RACIONAL: Identificação de fatores de risco epidemiológicos no esôfago de Barrett resultando em displasia e adenocarcinoma e seu impacto na prevenção e detecção precoce. OBJETIVOS: Avaliar fatores de risco epidemiológicos envolvidos no desenvolvimento de displasia e adenocarcinoma a partir do Barrett em população específica. Realizar análise crítica do período de vigilância, objetivando individualizar o tempo de seguimento conforme riscos identificados. MÉTODOS: Estudo caso-controle retrospectivo em centro terciário com pacientes com esôfago de Barrett diagnosticados e seguidos neste centro. Pacientes com Barrett que apresentaram adenocarcinoma e/ou displasia foram comparados aos que não apresentaram, levando em consideração as variáveis sexo, idade, tabagismo, IMC, etnia e extensão do Barrett. Posteriormente, foi realizada regressão logística para mensuração da razão de chances entre fatores de risco para o desfecho adenocarcinoma e desfecho displasia. Foi correlacionada a presença de fatores epidemiológicos de risco nessa população com o tempo de desenvolvimento de adenocarcinoma a partir da metaplasia. RESULTADOS: Houve diferença estatisticamente significante entre as variáveis tabagismo, raça, sexo, extensão do Barrett e idade no grupo com adenocarcinoma em relação ao sem adenocarcinoma; tabagistas e ex-tabagistas apresentaram risco 4,309 vezes maior de desenvolver adenocarcinoma; a extensão do Barrett aumentou o risco em 1,193 vezes a cada centímetro. No grupo com displasia, as variáveis tabagismo, extensão do Barrett e idade se mostraram significantes estatisticamente; extensão do Barrett aumentou 1,128 vezes a cada centímetro o risco de displasia e idade aumentou 1,023 a cada ano o risco desse desfecho. Pacientes sem fatores de risco não desenvolveram adenocarcinoma em menos de 12 meses, mesmo com displasia anteriormente. CONCLUSÕES: O estudo confirmou maior risco de desenvolver displasia e adenocarcinoma em grupos epidemiológicos específicos, podendo direcionar o seguimento em pacientes com Esôfago de Barrett de forma mais custo efetiva. RACIONAL precoce OBJETIVOS específica vigilância identificados MÉTODOS casocontrole caso controle eou ou sexo tabagismo IMC Posteriormente metaplasia RESULTADOS raça extabagistas ex 4309 4 309 4,30 1193 1 193 1,19 1128 128 1,12 1023 023 1,02 meses anteriormente CONCLUSÕES específicos efetiva 430 30 4,3 119 19 1,1 112 102 02 1,0 43 3 4, 11 1, 10 0
ABSTRACT BACKGROUND: Identification of epidemiological risk factors in Barrett esophagus resulting in dysplasia and adenocarcinoma and its impact on prevention and early detection. AIMS: To evaluate epidemiological risk factors involved in the development of dysplasia and esophageal adenocarcinoma from Barrett esophagus in a specific population. To critically analyze the surveillance period, aiming to individualize follow-up time according to identified risks. METHODS: A retrospective case-control study was carried out at a tertiary center involving patients diagnosed and followed up for Barrett esophagus. Patients who developed esophageal adenocarcinoma and/or dysplasia were compared to those who did not, considering variables such as gender, age, smoking status, body mass index, ethnicity, and Barrett esophagus extension. Logistic regression was performed to measure the odds ratio for risk factors associated with the outcome of adenocarcinoma and dysplasia. The presence of epidemiological risk factors in this population was correlated with the time taken to develop esophageal adenocarcinoma from metaplasia. RESULTS: A statistically significant difference was observed in smoking status, race, gender, Barrett esophagus extension, and age between the group with esophageal adenocarcinoma and the group without it. Smokers and former smokers had a 4.309 times higher risk of developing esophageal adenocarcinoma, and each additional centimeter of Barrett esophagus increased the risk by 1.193 times. In the dysplasia group, smoking status, Barrett esophagus extension, and age were statistically significant factors; each additional centimeter of Barrett esophagus extension increased the risk of dysplasia by 1.128 times, and each additional year of age increased the risk by 1.023 times. Patients without risk factors did not develop esophageal adenocarcinoma within 12 months, even with prior dysplasia. CONCLUSIONS: The study confirmed a higher risk of developing dysplasia and esophageal adenocarcinoma in specific epidemiological groups, allowing for more cost-effective monitorization for patients with Barrett esophagus. BACKGROUND detection AIMS period followup follow risks METHODS casecontrol case control andor or gender status index ethnicity metaplasia RESULTS race it 4309 4 309 4.30 1193 1 193 1.19 1128 128 1.12 1023 023 1.02 months CONCLUSIONS groups costeffective cost effective 430 30 4.3 119 19 1.1 112 102 02 1.0 43 3 4. 11 1. 10 0