Resumo Objetivo Avaliar o estado emocional, nas dimensões ansiedade e depressão, e a qualidade de vida, em pessoas com artrite reumatóide. Métodos Estudo primário, descritivo e transversal, desenvolvido na região norte de Portugal, com uma amostra de 139 pessoas com artrite reumatóide (79,86% mulheres) e com média de idades de 63.05 anos. Foram aplicados: um questionário sociodemográfico, a escala “Hospital Anxiety and Depression Scale” e o questionário “EQ-5D – Avaliação de Ganhos em Saúde”. Na análise de dados, por meio do programa IBM Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) Statistics 24 , recorreu-se à estatística inferencial, considerando-se estatisticamente significativo um p < 0,05. Resultados Os achados sobre o estado emocional mostraram níveis de ansiedade severos em 45,3%, ansiedade moderada em 36,7%, ansiedade leve em 10,1% e apenas 7,9% dos participantes pontuaram sem ansiedade. A maioria não apresenta sintomatologia depressiva (71,9%) e 13,7% manifestou depressão leve. Os baixos níveis de depressão foram associados a uma melhor qualidade-de-vida, contrariamente aos níveis de ansiedade, onde uma diminuição dos mesmos diminui a qualidade-de-vida (p=0,000). Conclusão Observou-se que a ansiedade e a depressão emergiram como preditores da QDV em pessoas com AR. Para proteger e melhorar a saúde dos pacientes, destaca-se a necessidade de implementar intervenções de enfermagem direcionadas ao controle dos fatores que induzem comportamentos ansiogênicos e depressivos.
Abstract Objective To assess the emotional states of the anxiety and depression dimensions and the quality of life in patients with rheumatoid arthritis. Methods A primary, descriptive, and cross-sectional study conducted in the northern region of Portugal, using a sample of 139 people suffering from rheumatoid arthritis (79.86% of whom were women) with a mean age of 63.05 years. A sociodemographic questionnaire, the “Hospital Anxiety and Depression Scale” and the “EQ-5D – Health Gains questionnaire were administered. Inferential statistics were used to conduct data analysis. IBM Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) Statistics 24 program was the instrument of choice and p < 0.05 was deemed statistically significant. Results Findings on emotional state showed severe/extreme anxiety levels in 45.3% of the respondents, moderate anxiety in 36.7% of them, mild anxiety in 10.1% and only 7.9% of participants showed no sign of anxiety. Most of the participants did not present any sort of depressive symptoms (71.9%) and 13.7% of them were diagnosed with mild depression. Low levels of depression were associated with a better quality of life. On the other hand, low levels of anxiety see to lead to poorer quality of life (p=0.000). Conclusion Evidence shows that anxiety and depression are predictors of QOL in patients with RA. That way, nursing interventions aimed at controlling the factors that trigger anxiogenic and depressive behaviours must be implemented to protect and improve patients’ health.
Resumen Objetivo Evaluar el estado emocional, en las dimensiones ansiedad y depresión, y la calidad de vida, en personas con artritis reumatoide. Métodos Estudio primario, descriptivo y transversal, desarrollado en la región norte de Portugal, con una muestra de 139 personas con artritis reumatoide (79,86 % mujeres) con un promedio de edad de 63.05 años. Se aplicaron: un cuestionario sociodemográfico, la escala “Hospital Anxiety and Depression Scale” y el cuestionario “EQ-5D – Avaliação de Ganhos em Saúde”. En el análisis de datos, por medio del programa IBM Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) Statistics 24 , se recorrió a la estadística inferencial, y se consideró estadísticamente significante un p < 0,05. Resultados Los hallazgos sobre el estado emocional mostraron niveles de ansiedad severos en 45,3 %, ansiedad moderada en 36,7 %, ansiedad leve en 10,1 % y apenas el 7,9 % de los participantes puntuaron sin ansiedad. La mayoría no presenta sintomatología depresiva (71,9 %) y el 13,7 % manifestó depresión leve. Los bajos niveles de depresión estuvieron asociados a una mejor calidad de vida, contrariamente a los niveles de ansiedad, en la que una disminución en ellos disminuyó la calidad de vida (p=0,000). Conclusión Se observó que la ansiedad y la depresión emergieron como predictores de la CDV en personas con AR. Para proteger y mejorar la salud de los pacientes, se destaca la necesidad de implementar intervenciones de enfermería direccionadas al control de los factores que inducen a comportamientos ansiogénicos y depresivos.