RESUMO: A chia (Salvia hispanica) é cultivada em todo o mundo por sua riqueza de nutrientes nutracêuticos valiosos, tais como a-ácido linolênico (ALA), antioxidantes, fibras alimentares, géis e proteínas. Entretanto, não há informações sobre sua performance agronômica se cultivada aos 30˚N na China. Assim, realizou-se um experimento com o cultivo de chia na base Hechuan (30°0’43”N, 106°7’41”E, 216m, que não apresenta geada) da Southwest University, Chongqing, China. O delineamento em parcela subdividida contém dois fatores,três épocas de semeadura na primavera-verão como parcelas principais e seis densidades de sementes como subparcelas, com três repetições. Foram investigados os caracteres fenológicos, botânicos, de adversidade, rendimento e qualidade da semente. As plantas se tornaram altas, acamarame floresceram em meados de outubro. A bacia de Sichuan pode ser considerada como uma fronteira limítrofe norte para o crescimento da chia, com baixo rendimento (680kg ha-1) devido ao enchimento e amadurecimento insuficientes na estação outono-inverno (peso de 1000 sementes de 1,14g). No entanto, o seu conteúdo de ALA é de 5 pontos percentuais mais elevado do que a semente comercial, 65,06%/63,96% contra 59,35%/59,74% para as sementes pretas/brancas, respectivamente, acompanhado por diminuição de ácido oleico e ácido esteárico, enquanto que o ácido linoleico e o ácido palmítico são equivalentes. Considerando o seu hábito de dia curto, recomenda-se semear no meio do verão,de junho a início de agosto, para evitar um tempo de cultivo muito longo, desenvolvimento vegetativo excessivo e desperdício de recursos de campo e clima causados pela semeadura de primavera-verão. Além disso, a semeadura de inverno da chia com cobertura morta também poderia ser realizada, com expectativa de colheita no verão. Mais importante ainda, somente quando os estoques de floração precoce insensíveis ao fotoperíodo são criados, pode-se recomendar como uma cultura de baixo risco para os agricultores desta região.
ABSTRACT: The mysterious ancient Mesoamerican Indian crop chia (Salvia hispanica) is revived and expanding worldwide due to its richness of valuable nutraceuticals such as α-linolenic acid (ALA), antioxidants, food fiber, gels, and proteins. We carried out a pilot experiment on chia planting in non-frost Sichuan Basin, at Hechuan Base (30˚0′ 43″ N, 106˚7′ 41″ E, 216 m), Southwest University, Chongqing, China. The split-plot trial contained two factors, 3 spring-summer sowing times as main plots, and 6 densities as subplots, with 3 replicates. Phenological, botanical, adversity, yield, and seed quality traits were investigated. Plants were very tall, suffered from lodging, and flowered in mid-October. Sichuan Basin can be considered as a north edge for growing chia, with low yield (680 kg/hectare) because of insufficient seed filling and maturation in autumn-winter season (1000-seed weight of 1.14 g). However, its ALA content is 5 percent points higher than the seed-donor commercial bottle (65.06%/63.96% VS 59.35%/59.74% for black/white seeds), accompanied by decrease oleic and stearic acid, while linoleic acid and palmitic acid are equivalent. Considering its short-day habit, it is recommended to try sowing in middle summer (from late June to early August) to avoid too long growing period, excessive vegetative growth, and waste of field and climate resources caused by spring-summer sowing. Furthermore, winter sowing of chia with mulch cover could also be tried, with an expectation of harvesting in summer. Most importantly, only when the photoperiod-insensitive early flowering stocks are created, chia can be recommended as a low-risk crop to the farmers of this region.