OBJETIVO: Avaliar níveis sangüíneos de hiper-homocisteinemia, vitamina E, selênio, cobre, ceruloplasmina e ferritina em pacientes com diagnóstico de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI). CASUÍSTICA, MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo transversal analítico de 104 pacientes diagnosticados com AVCI e 98 controles. Dosagem de homocisteína e vitamina E feita por cromatografia líquida de alta performance. O selênio foi dosado por tecnologia de espectrometria de massa por plasma indutivamente acoplado; o cobre o foi por colorimetria; a ceruloplasmina, por nefelometria; e a ferritina, por imunoensaio enzimático conjugado à fluorescência (Elfa). Análise estatística feita com testes t de Student e análise de variância. RESULTADOS: Encontrada hiper-homocisteinemia em 43% dos pacientes e 13% dos controles. Os valores obtidos nas dosagens de vitamina E, cobre, ceruloplasmina e ferritina foram significativamente maiores no grupo paciente do que no grupo controle. Quanto ao selênio, a diferença entre os dois grupos não foi significativa. DISCUSSÃO: Níveis de hiper-homocisteinemia foram maiores que os encontrados na literatura, podendo ser conseqüência da genética ou dos hábitos alimentares da população. Os resultados encontrados para vitamina E, selênio, cobre, ceruloplasmina e ferritina coincidem com os de alguns trabalhos publicados, mas o modelo deste estudo não avalia se os níveis de vitamina E e selênio foram alterados pelo AVCI ou por mudanças nos hábitos dos pacientes. A ferritina e a ceruloplasmina podem ser marcadores de AVCI, e não fator causal da sua patogênese. CONCLUSÃO: A hiper-homocisteinemia é mais prevalente nos pacientes diagnosticados com AVCI. Os níveis de vitamina E, cobre, ceruloplasmina e ferritina mais elevados encontrados nos pacientes não podem ser atribuídos à ocorrência de AVCI.
OBJECTIVE: To assess blood levels of hyperhomocysteinaemia, vitamin E, selenium, copper, ceruloplasmin and ferritin in patients with diagnosis of ischemic stroke (IS). METHODS: 104 patients with the diagnosis of IS and 98 healthy controls had blood homocysteine, vitamin E, selenium, copper, ceruloplasmin and ferritin analyzed. Homocysteine and vitamin E were analyzed by high performance liquid chromatography, selenium by inductively coupled plasma - mass spectrometry, copper by colorimetry, ceruloplasmin by nefelometry and ferritin by enzyme linked fluorescent assay. Statistics was performed with Student’s t test and analysis of variance. RESULTS: Frequency of hyperhomocysteinaemia was 43% for patients and 13% for controls. Concentrations of vitamin E, copper, ceruloplasmin and ferritin were significantly higher in patients. Differences in selenium levels were not statistically significant. DISCUSSION: Hyperhomocysteinaemia levels were higher than those found in literature, possibly due to population’s genetics or its nutritional habits. As to vitamin E, selenium, copper, ceruloplasmin and ferritin, our results match some published papers but this study’s model cannot stablish whether vitamin E and selenium levels were changed by IS or by new habits acquired by the patients. Ferritin and ceruloplasmin can be a marker for IS instead of causative agent of its pathogenesis. CONCLUSION: Hyperhomocysteinaemia is more prevalent in patients with IS diagnosis. Higher levels of vitamin E, copper, ceruloplasmin and ferritin found in patients cannot be imputed to IS.