RESUMO Introdução: As pessoas com doença de Parkinson constantemente apresentam baixos níveis de atividade física. A dança tem se tornado cada vez mais importante para o tratamento da doença e pode ajudar a melhorar os sintomas não motores. Objetivo: Analisar a influência do samba brasileiro nos sintomas não motores da DP, segundo os subtipos TD e PGID. Métodos: Ensaio clínico não randomizado com duração de 12 semanas por meio de comparação com grupo controle. Os 23 indivíduos que aceitaram participar das atividades formaram o grupo experimental (GE) e os 24 indivíduos que optaram por não participar das aulas de dança brasileira formaram o grupo controle (GC). Um questionário foi aplicado, composto por instrumentos validados: Mini Exame do Estado Mental - MEEM; HY - Escala de Grau de Incapacidade; Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson - UPDRS 1 e valores totais; Questionário sobre a Doença de Parkinson - PDQ-39; Escala de Sono para a Doença de Parkinson - PDSS; Inventário de Depressão de Beck - BDI; Escala de Severidade de Fadiga - FSS e Magnitude das Alterações Percebidas. Resultados: Após doze semanas de intervenção, observou-se que o GE apresentou melhora nos escores de todos os testes. A comparação entre os grupos, no entanto, indicou uma diferença significativa no período pós-UPDRS1 em que o GE apresentou melhora no comprometimento cognitivo, enquanto o GC apresentou déficit nesses valores. Os resultados da divisão entre os subtipos da doença apresentam uma maior mudança nos valores entre os indivíduos do grupo TD ao comparar o GE com o GC. Em relação ao GE, a maior diferença entre a pré e pós-intervenção foi relacionada à fadiga. Conclusão: Houve tendência positiva em todas as variáveis estudadas após a aplicação do protocolo. Isso demonstra que intervenções como a dança podem ter maiores efeitos sobre os sintomas não motores, dependendo da progressão esperada da doença. A escassez de estudos que utilizam essa abordagem em suas análises pode explicar a falta de evidências nessa sintomatologia relacionadas à dança. Nível de evidência II; Estudos terapêuticos–Investigação dos resultados do tratamento.
ABSTRACT Introduction: People with Parkinson's disease constantly have low levels of physical activity. Dancing has become increasingly important for treating the disease and can help improve non-motor symptoms. Objective: To analyze the influence of Brazilian samba on the non-motor symptoms of PD according to TD and PGID subtypes. Methods: A 12-week, non-randomized clinical trial, through comparison with a control group. The 23 individuals who agreed to participate in the activities formed the experimental group (EG) and the 24 individuals who opted not to participate in the Brazilian samba classes comprised the control group (CG). A questionnaire was applied, composed of validated instruments. Mini Mental State Examination – MMSE; HY – Disability Scale; Unified Parkinson's Disease Rating Scale – UPDRS 1 and total values; Parkinson's Disease Questionnaire – PDQ-39, Parkinson's Disease Sleep Scale – PDSS; Beck Depression Inventory – BDI; Fatigue Severity Scale – FSS and Magnitude of Perceived Changes. Results: After the twelve weeks of intervention, it was observed that the EG showed improvement in the scores of all the tests. The comparison between groups, however, indicated a significant difference in the post-UPDRS1 period in which the EG presented improvement in cognitive impairment, while the CG presented a deficit in these values. The results of the division between disease subtypes show a greater change in the values between individuals of the TD group, when comparing the EG with the CG. For the EG, the greatest difference between pre- and post- intervention was fatigue. Conclusion: There was a positive trend in all the variables studied after the application of the protocol. This demonstrates that interventions such as dance may have greater effects on non-motor symptoms, depending on the expected progression of the disease. The scarcity of studies that use this approach in their analyses may explain the lack of evidence in this symptomatology related to dance. Level of evidence II; Therapeutic studies – Investigating the results of treatment.
RESUMEN Introducción: Las personas con enfermedad de Parkinson constantemente presentan bajos niveles de actividad física. La danza se ha vuelto cada vez más importante para el tratamiento de la enfermedad y puede ayudar a mejorar los síntomas no motores. Objetivo: Analizar la influencia del samba brasileño en los síntomas no motores de la EP, según los subtipos TD y PGID. Métodos: Ensayo clínico no aleatorizado con duración de 12 semanas, por medio de comparación con grupo control. Los 23 individuos que aceptaron participar en las actividades formaron el grupo experimental (GE) y los 24 individuos que optaron por no participar en las clases de danza brasileña formaron el grupo control (GC). Fue aplicado un cuestionario, compuesto por instrumentos validados: Mini Examen del Estado Mental - MEEM; HY - Escala del Grado de Incapacidad; Escala unificada de evaluación de la Enfermedad de Parkinson - UPDRS 1 y valores totales; Cuestionario sobre la Enfermedad de Parkinson - PDQ-39; Escala de Sueño de la Enfermedad de Parkinson - PDSS; Inventario de Depresión de Beck - BDI; Escala de Severidad de la Fatiga - FSS y Magnitud de las Alteraciones Percibidas. Resultados: Después de doce semanas de intervención, se observó que el GE presentó una mejora en los puntajes de todos los tests. La comparación entre los grupos, sin embargo, indicó una diferencia significativa en el período post-UPDRS1 en que el GE presentó una mejora en el compromiso cognitivo, mientras que el GC presentó déficit en esos valores. Los resultados de la división entre los subtipos de la enfermedad presentan un mayor cambio en los valores entre los individuos del grupo TD al comparar el GE con el GC. Con relación al GE, la mayor diferencia encontrada entre la pre y post intervención fue relacionada a la fatiga. Conclusión: Hubo tendencia positiva en todas las variables estudiadas después de la aplicación del protocolo. Eso demuestra que intervenciones como la danza pueden tener mayores efectos sobre los síntomas no motores, dependiendo de la progresión esperada de la enfermedad. La escasez de estudios que utilizan ese abordaje en sus análisis, puede explicar la falta de evidencias en esa sintomatología cuando relacionadas a la danza. Nivel de evidencia II; Estudios terapéuticos – Investigación de los resultados del tratamiento.