Resumo O conceito de “configuração de casas”, elaborado por Louis Marcelin e reconhecido pela sua importância por diversos autores interessados no estudo da casa e da família, revela também sua rentabilidade quando é revisitado e transformado, incorporando dimensões que, se não de todo ausentes nos trabalhos de Marcelin, aí não recebiam tanto destaque. Neste artigo, discutimos dois caminhos pelos quais tal transformação pode ser efetuada. Em primeiro lugar, ressaltamos o quão produtivo pode ser trazer para o primeiro plano a questão da distância existente entre as casas numa configuração - sobretudo para quem, como o autor deste artigo, está também interessado na questão das mobilidades. Em segundo lugar, argumentamos que não apenas “casas” podem estar articuladas em tais configurações, já que nesses conjuntos de relações podem ser incluídos lugares e espaços que nossos interlocutores concebem como de outra natureza.
Abstract The concept of “configuration of houses”, developed by Louis Marcelin and recognized for its importance by several authors interested in the study of the house and the family, also has much to yield when it is revisited and transformed, incorporating dimensions that, if not entirely absent in the works of Marcelin, were less prominent there. In this article, we discuss two ways in which such a transformation can be accomplished. First, we emphasize the interest in highlighting the issue of the distance between existing houses in a configuration, especially for those who, like the author of this paper, are also interested in the issue of mobility. Second, we argue that not only can “houses” be articulated in such configurations, but also that such sets of relationships can incorporate places and spaces that our own interlocutors conceive as being of another nature.
Resumen El concepto de “configuración de casas”, propuesto por Louis Marcelin y reconocido por su importancia por varios autores interesados en el estudio de la casa y la familia, revela su rentabilidad cuando es revisitado y transformado, incorporando dimensiones que permiten ampliar el alcance original elaborado en la obra de Marcelin. En este artículo, presentamos dos caminos por los cuales esa reelaboración puede ser hecha. En primer lugar, destacamos la importancia de exponer el problema de la distancia existente entre casas en una configuración determinada - especialmente para quienes, como el autor de este artículo, también están interesados en el tema de la movilidad. En segundo lugar, argumentamos que no solo hay una articulación entre “casas” en tales configuraciones, pues tales conjuntos de relaciones también pueden incorporar lugares y espacios que nuestros interlocutores conciben como siendo de otra naturaleza.