Resumo A experiência de saúde e bem-estar das pessoas trans tem sido pouco pesquisada na terapia ocupacional. Para aprofundar esta problemática, desde a perspectiva situada e protagonista da comunidade, apresentamos uma entrevista com Anastasia María Benavente, pesquisadora, professora, atriz, performer e ativista da comunidade travesti-trans. Ao longo deste texto são revistos os avanços legislativos e as tensões que as leis de identidade de gênero tiveram no Chile, em comparação com a experiência argentina. É descrita a violência estrutural vivida pelas pessoas trans e como ela produz desigualdades no acesso ao trabalho, à saúde e ao bem-estar, diminuindo inclusive a sua esperança de vida em comparação com as pessoas cisgênero. Além disso, são abordadas as barreiras que a comunidade travesti vivencia na atenção à saúde, destacando como a má formação em questões de gênero dos profissionais de saúde reproduz a patologização das corporalidades trans. Por fim, a entrevistada compartilha alguns dos avanços de sua tese de doutorado, evidenciando como a comunidade trans-travesti desenvolveu historicamente estratégias e conhecimentos coletivos de sobrevivência, o que incentiva a terapia ocupacional a sustentar uma visão crítica tanto das relações estruturais de desigualdade, como também na agência das comunidades. bemestar bem estar problemática Benavente pesquisadora professora atriz travestitrans. travestitrans travesti-trans Chile argentina trabalho bemestar, estar, cisgênero disso fim doutorado transtravesti sobrevivência desigualdade comunidades
Abstract The health and well-being experiences of trans people have been insufficiently explored in occupational therapy. To address this issue from the situated and leading perspective of the community, we present an interview with Anastasia María Benavente – a researcher, educator, actress, performer, and activist within the trans-transvestite community. This text reviews legislative advancements and challenges surrounding gender identity laws in Chile, drawing comparisons with the Argentine experience. It outlines the structural violence faced by trans individuals and how this violence generates inequalities in access to work, health, and well-being, ultimately lowering their life expectancy compared to cisgender people. Additionally, it examines the barriers that the trans and transvestite community encounters in health care, emphasizing how insufficient gender-related education among health professionals perpetuates the pathologization of trans bodies. Finally, the interviewee discusses her doctoral research, highlighting the historical development of collective survival strategies and knowledge within the trans-transvestite community, calling for occupational therapy to adopt a critical stance on both structural inequalities and the agency of these communities. wellbeing well being researcher educator actress performer transtransvestite Chile experience work wellbeing, being, Additionally care genderrelated related bodies Finally research communities
Resumen La experiencia de la salud y bienestar de las personas trans ha sido escasamente investigada en terapia ocupacional. Para ahondar en esta problemática desde la perspectiva situada y protagónica de la comunidad, presentamos una entrevista a Anastasia María Benavente, investigadora, profesora, actriz, performer y activista de la comunidad travesti-trans. A lo largo de este texto, se recorren los avances y tensiones legislativas que las leyes de identidad de género han tenido en Chile, en comparación con la experiencia argentina. Se describe la violencia estructural que vivencian las personas trans, y cómo esta produce desigualdades en el acceso al trabajo, la salud y el bienestar, disminuyendo inclusive su expectativa de vida respecto de las personas cisgénero. También, se abordan las barreras que la comunidad trans-travesti experimenta en la atención de salud, relevando cómo la escasa formación en materia de género por parte de las y los profesionales de la salud reproduce la patologización de las corporalidades trans. Finalmente, la entrevistada comparte algunos de los avances de su tesis doctoral evidenciando cómo la comunidad trans-travesti ha tramado históricamente estrategias y saberes colectivos de supervivencia, lo que insta a la terapia ocupacional a sostener una mirada crítica tanto sobre las relaciones estructurales de desigualdad, así como sobre la agencia de las comunidades. Benavente investigadora profesora actriz travestitrans. travestitrans travesti travesti-trans texto Chile argentina trabajo cisgénero También transtravesti Finalmente supervivencia desigualdad comunidades