RESUMO A antracnose causada pelo fungo Colletotrichum lindemuthianum é uma das principais doenças do feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.), o patógeno caracteriza-se por apresentar uma grande variabilidade, com mais de 50 raças fisiológicas identificadas no Brasil. Tem-se evidenciado a maior ocorrência das raças 65, 73 e 81 no país e também a ocorrência de variabilidade patogênica entre isolados de uma mesma raça, que desestabilizam a resistência das cultivares comerciais. Portanto, o objetivo com este trabalho foi a identificação de raças fisiológicas de isolados de C. lindemuthianum coletados no Estado de São Paulo e Santa Catarina, Brasil e, detectar a ocorrência de variabilidade patogênica entre isolados pertencentes à raça 65. A classificação de 51 isolados resultou na identificação de 10 diferentes raças fisiológica: 4, 38, 55, 65, 73, 81, 83, 85, 321 e 351, com destaque para a raças 65 e 81, que apresentaram uma frequência de 37,25 e 35,29%, respectivamente. Com relação à avaliação entre os isolados da raça 65, ficou evidente a alta variabilidade dos mesmos, sugerindo a utilização de um novo conjunto diferenciador para detectar os níveis de variação entre isolados de uma mesma raça do patógeno.
ABSTRACT Anthracnose caused by the fungus Colletotrichum lindemuthianum is one of the main diseases affecting the common bean (Phaseolus vulgaris L.), and the pathogen is characterized by wide variability, with more than 50 physiological races identified in Brazil. Greater occurrences of races 65, 73, and 81 have been observed in Brazil along with the occurrence of pathogenic variability among isolates of a single race, destabilizing the resistance of commercial cultivars. Therefore, the aim of this study was to identify physiological races of C. lindemuthianum isolates collected in the states of São Paulo and Santa Catarina, Brazil and to test for variability among the isolates of race 65. The classification of 51 isolates resulted in the identification of 10 different physiological races: 4, 38, 55, 65, 73, 81, 83, 85, 321, and 351. Races 65 and 81 predominated, with frequencies of 37.25 and 35.29%, respectively. Regarding the isolates of race 65, wide physiological variability was evident, suggesting that a new differential set should be applied to detect the levels of variation among isolates of a single race of the pathogen.