This article brings a reflection on the public-private relationship on health care, trying to point out the tendencies and impasses experienced by the Brazilian Public Health Care System (SUS) and its ethical implications in daily life. Despite constitutional achievements, health as a fundamental right has faced some obstacles to its accomplishment; among them we find the international policies of economical adjustments. The State’s constitutional role, according to the neo-liberal logic, is transferred to the individuals and the community, so social welfare policies are reduced to compensatory and privatizing programs, increasing the numbers of vulnerable and socially excluded people. Facing this situation of theoretical and practical crises, the proposals of the “Bioethics of Protection” become an important reflection source, since it defends the search for a truly ethic State, which guarantees citizen rights achieved through the Constitution.
El artículo consiste en reflexionar sobre la relación público-privada en el servicio de salud brasileño, con el objetivo de identificar las tendencias y los impases vivenciados por el Sistema de Salud Publica (SUS) de Brasil y sus implicaciones éticas en el cotidiano. A pesar de las conquistas constitucionales, aún existen algunos obstáculos para la operacionalización de la salud vista como un derecho, de los cuales, merecen destaque las políticas internacionales de ajuste económico. El papel constitucionalmente atribuido al Estado, según la lógica neoliberal, es transferido a la responsabilidad de los individuos y de la comunidad, y en ese contexto, las políticas de bienestar social serían reducidas a programas compensatorios y privados, aumentando así la masa de desamparados y excluidos de la sociedad. Frente a esa coyuntura de crisis teóricas y prácticas, los presupuestos de la Bioética de la Protección se convierten en importantes herramientas para reflexionar, una vez que defienden el rescate de un Estado verdaderamente ético que garantice los derechos constitucionalmente conquistados por los ciudadanos.
O artigo consiste em uma reflexão sobre a relação público-privada na saúde brasileira, objetivando identificar as tendências e os impasses vividos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e suas implicações éticas no cotidiano. Apesar das conquistas constitucionais, ainda existem alguns obstáculos à operacionalização da saúde vista como um direito, entre eles, as políticas internacionais de ajuste econômico. O papel constitucionalmente atribuído ao Estado, segundo a lógica neoliberal, passa para a responsabilidade dos indivíduos e da comunidade, e neste contexto, as políticas de bem-estar social seriam reduzidas a programas compensatórios e privatizantes, aumentando assim a massa de vulneráveis e excluídos da sociedade. Diante dessa conjuntura de crises teóricas e práticas, os pressupostos da Bioética da Proteção tornam-se importantes ferramentas de reflexão, uma vez que defendem o resgate de um Estado verdadeiramente ético, que garanta os direitos constitucionalmente conquistados pelos cidadãos.