OBJETIVO: Avaliar o impacto da realização rotineira da prova rápida para pesquisa de estreptococo do grupo A no diagnóstico e tratamento da faringotonsilite aguda em crianças. MÉTODOS: Estudo prospectivo e observacional que contou com a utilização de protocolo de pesquisa estabelecido na Unidade de Emergência do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo para o atendimento de crianças e adolescentes com faringotonsilite aguda. RESULTADOS: Com base na avaliação clínica, dos 650 pacientes estudados, antimicrobianos seriam prescritos para 389 indivíduos (59,8%) e, com o uso da pesquisa de estreptococo do grupo A, foram prescritos em 286 pacientes (44,0%). Das 261 crianças que não receberiam antibiótico pelo quadro clínico, 111 (42,5%) tiveram pesquisa de estreptococo do grupo A positiva. O diagnóstico baseado no quadro clínico apresentou sensibilidade de 61,1%, especificidade de 47,7%, valor preditivo positivo de 44,9% e valor preditivo negativo de 57,5%. CONCLUSÕES: O diagnóstico clínico da faringotonsilite estreptocócica mostrou baixa sensibilidade e especificidade. O uso rotineiro da prova rápida para pesquisa de estreptococo permitiu a redução do uso de antibióticos e a identificação de um grupo de risco para as complicações da infecção estreptocócica, pois 42,5% dos pacientes com prova rápida positiva não receberiam antibióticos, se levado em consideração apenas o diagnóstico clínico.
OBJECTIVE: To evaluate the impact of the routine use of rapid antigen detection test in the diagnosis and treatment of acute pharyngotonsillitis in children. METHODS: This is a prospective and observational study, with a protocol compliance design established at the Emergency Unit of the University Hospital of Universidade de São Paulo for the care of children and adolescents diagnosed with acute pharyngitis. RESULTS: 650 children and adolescents were enrolled. Based on clinical findings, antibiotics would be prescribed for 389 patients (59.8%); using the rapid antigen detection test, they were prescribed for 286 patients (44.0%). Among the 261 children who would not have received antibiotics based on the clinical evaluation, 111 (42.5%) had positive rapid antigen detection test. The diagnosis based only on clinical evaluation showed 61.1% sensitivity, 47.7% specificity, 44.9% positive predictive value, and 57.5% negative predictive value. CONCLUSIONS: The clinical diagnosis of streptococcal pharyngotonsillitis had low sensitivity and specificity. The routine use of rapid antigen detection test led to the reduction of antibiotic use and the identification of a risk group for complications of streptococcal infection, since 42.5% positive rapid antigen detection test patients would not have received antibiotics based only on clinical diagnosis.
OBJETIVO: Evaluar el impacto de la realización de rutina de la prueba rápida para investigación de estreptococos del grupo A en el diagnóstico y tratamiento de la faringotonsilitis aguda en niños. MÉTODOS: Estudio prospectivo y observacional que contó con el uso de protocolo de investigación establecido en la Unidad de Emergencia del Hospital Universitario de la USP para la atención a niños y adolescentes con faringotonsilitis aguda. RESULTADOS: Con base en la evaluación crítica, de los 650 pacientes estudiados, antimicrobianos serían prescritos a 389 individuos (59,8%) y, con el uso de la investigación de estreptococos del grupo A se los prescribieron a 286 pacientes (44,0%). De los 261 niños que no recibirían antibióticos por el cuadro clínico, 111 (42,5%) tuvieron investigación de estreptococos del grupo A positiva. El diagnóstico basado en el cuadro clínico presentó sensibilidad del 61,1%, especificidad del 47,7%, valor predictivo positivo del 44,9% y valor predictivo negativo del 57,5%, CONCLUSIONES: En este estudio, el diagnóstico clínico de la faringotonsilitis estreptocócica mostró baja sensibilidad y especificidad. El uso de rutina de la prueba rápida para investigación de estreptococos permitió la reducción del uso de antibióticos y la identificación de un grupo de riesgo para las complicaciones de la infección estreptocócica, pues el 42,5% de los pacientes con prueba rápida positiva no recibirían antibióticos si se llevara en consideración solamente el diagnóstico clínico.