Resumo A produtividade de genótipos superiores em plantações florestais está em função da oferta, captura e eficiência de uso dos recursos. Nesse contexto, o conhecimento sobre a eficiência nutricional do Eucalyptus influencia agricultores e pesquisadores na tomada de decisões e no manejo de ecossistemas florestais. A pesquisa teve como objetivo estimar a eficiência no uso de nutrientes em genótipos de Eucalyptus plantados no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram avaliados seis genótipos potenciais e as avaliações foram realizadas em povoamentos de 43 meses de idade. A eficiência do uso de nutrientes foi calculada usando a razão de biomassa e a quantidade de nutrientes para cada componente da biomassa. Os resultados aqui apresentados confirmam que existe sinergismo e antagonismo entre os nutrientes no nível da parte aérea nos genótipos de Eucalyptus. Para a madeira do fuste, E. saligna apresentou a melhor eficiência de utilização de N, P, K, S e Mn; e E. urophylla × E. globulus para Mg, B e Zn. As vias metabólicas controlam a produção de biomassa sintetizada por cada genótipo e as diferenças entre os grupos de genótipos foram baseadas na eficiência do uso de nutrientes nos componentes da biomassa. A madeira do caule foi o componente que apresentou maior eficiência de uso de nutrientes, enquanto as folhas apresentaram a menor eficiência de uso de nutrientes. Mas, além disso, nossas análises identificaram o quão diferente é cada genótipo de Eucalyptus e essas características podem ser usadas para alocação de clones de acordo com a fertilidade do solo.
Abstract Superior productivity of genotypes in forest plantations depends on the supply, capture and use-efficiency of resources. In this context, knowledge regarding the nutritional efficiency of Eucalyptus influences farmers and researchers in decision-making and in the management of forest ecosystems. The aim of this research was to estimate nutrient-use efficiency in Eucalyptus genotypes planted in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. We evaluated six potential genotypes at 43-month-old stands. Nutrient-use efficiency was calculated using the ratio of biomass and the amount of nutrients for each component of the biomass. Results here presented confirmed that there is synergism and antagonism between nutrients at the shoot level in the Eucalyptus genotypes. For stemwood, E. saligna showed the best utilization efficiency of N, P, K, S, and Mn; and E. urophylla × E. globulus for Mg, B, and Zn. Metabolic pathways control the production of biomass synthesized by each genotype and the differences between genotypes groups were on the basis of their nutrient-use efficiency in the biomass components. Stemwood was the component that showed the highest nutrient-use efficiency, while leaves presented the lowest nutrient-use efficiency. Additionally, our analyses identified how different each Eucalyptus genotype is and these traits may be used for clone allocation according to soil fertility.