O padrão de distribuição temporal e vertical de Phyllophaga cuyabana (Moser) foi avaliado no perfil do solo para subsidiar amostragens da população do inseto visando ao seu manejo. Em levantamentos populacionais realizados durante três anos, em de Boa Esperança, PR, P. cuyabana foi univoltina, com baixa sobreposição de estádios de desenvolvimento. Houve um pico populacional no verão (dezembro a fevereiro) e um declínio nos meses frios, quando as larvas estavam em diapausa. O inseto, nos distintos estágios de desenvolvimento, explorou diferentes profundidades do solo. Ovos e larvas no início do primeiro instar concentraram-se entre 5 cm e 10 cm de profundidade e, ao se desenvolverem, atingiram 30 cm de profundidade. Adultos e ovos ocorreram na primavera (outubro a dezembro), quando começaram a ser observadas as larvas ativas em amostras realizadas entre zero e 15 cm de profundidade. Larvas em diapausa e pupas foram observadas em maior concentração entre 15 e 30 cm de profundidade, do inicio do outono ao início da primavera. O número de insetos no solo (até 40 cm de profundidade) mostrou relação funcional positiva com a temperatura do ar e com a evapotranspiração. Entretanto, a relação da distribuição percentual de larvas no perfil do solo com a temperatura do solo foi positiva apenas para profundidades de zero a 10 cm. Para estimar a população de corós de novembro a abril, as amostragens podem ser feitas até 20 cm de profundidade, porém de maio a outubro a profundidade das amostragens deve atingir 30 cm.
Phyllophaga cuyabana (Moser) temporal and vertical distribution patterns were evaluated in the soil profile, in order to subsidize methodology for population sampling, aiming at its management. In insect surveys carried out during three years, in Boa Esperança County, State of Parana, Brazil, Phyllophaga cuyabana was univoltine, with little overlap of the larval stages. Population peaked during December-February, but declined during the colder months, when larvae were in diapause. Different developmental stages exploited distinct soil depths. Eggs and early first instars tended to concentrate between 5 cm and 10 cm deep, but they spread more uniformly through the soil profile, reaching depths up to 30 cm, as they developed. Adults and eggs occurred in the spring (October to December) when active larvae also started to be observed; feeding larvae occurred up to late-April between 0 to15 cm deep. Diapausing larvae and pupae were observed from early fall to early spring, mostly from 15 cm to 30 cm deep. Throughout the year, the number of insects in the soil (up to 40 cm deep) showed a positive functional relationship with air temperature and evapotranspiration. The relationship of percent distribution of larvae in the soil profile and soil temperature, however, was positive only above 10 cm. To estimate the insect population from November to April, samples can be collected until 20 cm deep; from May to October, however, samplings should be deeper, up to 30 cm.