Resumo Introdução: A evolução do paciente na clínica fonoaudiológica atua como fator motivador do processo terapêutico, contribui para a sua adesão ao tratamento e possibilita ao terapeuta a revisão e/ou a manutenção de suas condutas. As medidas eletrofisiológicas, como o potencial evocado P300, auxiliam na avaliação, na compreensão e no monitoramento dos distúrbios da comunicação humana, facilitam, dessa forma, a definição do prognóstico de cada caso. Objetivo: Determinar se a terapia fonoaudiológica influencia na variação da latência e da amplitude do P300 em pacientes com distúrbio de linguagem submetidos à terapia fonoaudiológica. Método: Revisão sistemática com metanálise, na qual foram feitas buscas nas seguintes bases de dados: Pubmed, ScienceDirect, Scopus, Web of Science, SciELO e Lilacs, além das bases de literatura cinzenta: OpenGrey.eu e DissOnline. Foram considerados critérios de inclusão: ensaios clínicos aleatórios ou não, sem restrição de idiomas ou data, que submeteram crianças com distúrbio de linguagem à terapia fonoaudiológica, monitoradas pelo P300, comparadas a crianças sem intervenção. Resultados: A diferença média entre as latências do grupo submetido à terapia e do grupo controle foi de -20,12 ms com intervalo de confiança 95% entre -43,98 e 3,74 ms (p = 0,08; I2 = 25% e o valor de p = 0,26). A diferença média entre as amplitudes do grupo submetido à terapia e do grupo controle foi de 0,73 uV com intervalo de confiança de 95% entre -1,77 e 3,23 uV (p = 0,57; I2 = 0% e o valor de p = 0,47). Conclusão: A terapia fonoaudiológica não influencia nos resultados de latência e amplitude do potencial evocado P300 em crianças submetidas à intervenção fonoaudiológica.
Abstract Introduction: The patient's evolution in the audiology and speech-language clinic acts as a motivator of the therapeutic process, contributing to patient adherence to the treatment and allowing the therapist to review and/or maintain their clinical therapeutic conducts. Electrophysiological measures, such as the P300 evoked potential, help in the evaluation, understanding and monitoring of human communication disorders, thus facilitating the prognosis definition in each case. Objective: To determine whether the audiology and speech-language therapy influences the variation of P300 latency and amplitude in patients with speech disorders undergoing speech therapy. Methods: This is a systematic review with meta-analysis, in which the following databases were searched: Pubmed, ScienceDirect, SCOPUS, Web of Science, SciELO and LILACS, in addition to the gray literature bases: OpenGrey.eu and DissOnline. The inclusion criteria were randomized or non-randomized clinical trials, without language or date restriction, which evaluated children with language disorders undergoing speech therapy, monitored by P300, compared to children without intervention. Results: The mean difference between the latencies in the group submitted to therapy and the control group was −20.12 ms with a 95% confidence interval of −43.98 to 3.74 ms (p = 0.08, I 2 = 25% and p value = 0.26). The mean difference between the amplitudes of the group submitted to therapy and the control group was 0.73 uV with a 95% confidence interval of −1.77 to 3.23 uV (p = 0.57, I 2 = 0% and p value = 0.47). Conclusion: The present meta-analysis demonstrates that speech therapy does not influence the latency and amplitude results of the P300 evoked potential in children undergoing speech therapy intervention.