O presente estudo apresenta os dados sobre a estrurtura fitossociológica de uma comunidade desenvolvida em rejeitos de mineração de calcário em Rio Claro, SP, Brasil. Na área, foi encontrada uma cronoseqüência de rejeitos variando entre um a quarenta anos de abandono. Este tipo de comunidade, constituída principalmente por espécies ruderais colonizadoras, tem sido pouco estudada, principalmente em ambientes tropicais. O presente estudo enfoca a organização da comunidade vegetal, a similaridade florística e a diversidade de três áreas com materiais de rejeitos de diferentes idades, degradados pela mineração. As idades dos rejeitos localizadas na área da mineração foram 9, 12 e 27 anos, identificados como Áreas 1, 2 e 3, respectivamente. Para o estudo fitossociológico, em cada idade, foram estabelecidos 20 plotes permanentes de 1m² onde todos os indivíduos pertencentes aos estratos herbáceo e arbustivo foram amostrados. No levantamento florístico foram encontrados 1957 indivíduos distribuídos em 32 famílias e 91 espécies. Para cada idade, foram calculados parâmetros fitossociológicos, os índices de diversidade de Shannon-Wiener, de Sörensen e de Jaccard. Nos rejeitos recém acumulados (Áreas 1 e 2), Leguminosae, Malvaceae e Sterculiaceae foram as famílias mais representativas em número de espécies, enquanto que na Área 3, Asteraceae e Poaceae foram as mais representativas. Os índices de Shannon e de similaridade (E) indicaram que a diversidade de espécies mudou com o tempo provavelmente em função de fatores abióticos e bióticos.
Phytosociological structure was studied in limestone mining quarries at Rio Claro, São Paulo, Brazil. Quarries presented a chronosequence, ranging 1 to 40 years old, with focus on vegetation community organization, floristic similarity and plant diversity of three areas in different successive stages, devastated by limestone mining. A total of 1957 individuals distributed in 32 botanical families and 91 species were sampled. Low species diversity was obtained, ranged among quarries ages. In the early-established quarries, Leguminosae, Malvaceae and Sterculiaceae were the families most representative in number of species, while for the age 27, Asteraceae and Poaceae were the most representative. Diversity indices indicated that species diversity changed with the time and was function of environmental conditions.