INTRODUÇÃO: No Brasil, a maior diversidade de flebotomíneos é encontrada na Região Amazônica, principalmente em floresta primária de terra-firme. No entanto, sua fauna ainda é pouco conhecida em outros ecossistemas desta região. MÉTODOS: a fim de conhecer a fauna de flebotomíneos de outro ecossistema amazônico, coletas com armadilhas de luz CDC foram realizadas em uma área de campina/campinarana na zona periurbana da Cidade de Manaus. RESULTADOS: foram capturados 814 flebotomíneos de 26 espécies, sendo as mais abundantes: Lutzomyia flaviscutellata (64,5%); Lutzomyia georgii (14%); Lutzomyia olmeca nociva (8,1%); Lutzomyia furcata (3,2%); Lutzomyia monstruosa (1,3%); Lutzomyia umbratilis (1,1%) outros (7,8%). CONCLUSÕES: Campina/campinarana revelou-se de grande importância epidemiológica devido a elevada abundância de Lutzomyia flaviscutellata e Lutzomyia olmeca nociva, ambas vetoras de Leishmania (Leishmania) amazonensis. Com base nestas informações, será possível traçar metas para estudos parasitológicos e conscientizar pesquisadores e estudantes, que mantém constante exposição nesta área realizando trabalhos de pesquisa, sobre o possível risco de contaminação por Leishmania.
INTRODUCTION: In Brazil, the largest diversity of phlebotomines is found in the Amazon region, particularly in undisturbed terra-firma forest. However, the phlebotomine fauna in other ecosystems of this region is still not well known. METHODS: In order to investigate the phlebotomine fauna of another Amazon ecosystem, collections were made using CDC light traps in the campina/campinarana ecosystems in the periurban zone of the city of Manaus. RESULTS: Eight hundred and fourteen phlebotomines of 26 species were captured, of which the most abundant were: Lutzomyia flaviscutellata (64.5%); Lutzomyia georgii (14%); Lutzomyia olmeca nociva (8.1%); Lutzomyia furcata (3.2%); Lutzomyia monstruosa (1.3%); Lutzomyia umbratilis (1.1%); and others (7.8%). CONCLUSIONS: The campina/campinarana ecosystems showed great epidemiological importance because of the high abundance of Lutzomyia flaviscutellata and Lutzomyia olmeca nociva, which are both vectors of Leishmania (Leishmania) amazonensis. Based on this information, it will be possible to outline goals for parasitological studies and raise awareness among researchers and students who are constantly exposed in these areas while conducting research work, regarding the possible risk of contamination by Leishmania.