Analisou-se a variabilidade existente entre espécies e entre famílias de Sesbania Scop., com relação ao grau de dormência das sementes. Foram avaliadas 13 famílias de cinco espécies de Sesbania: S. rostrata, S. exasperata, S. tetraptera, S. sesban e S. virgata. O ensaio foi conduzido à temperatura alternada de 20-30°C, durante 15 dias. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, com três repetições de 50 sementes cada repetição. Foi realizada uma análise de variância, desdobrando-se os graus de liberdade de famílias dentro de espécies. Foram estimados o coeficiente de variação genética (CVg) e o coeficiente de determinação genotípica (b). Foi também avaliada a velocidade de germinação, medida indiretamente através do tempo médio para germinação das sementes. Observou-se ampla variabilidade entre as espécies estudadas (P<0,01) e entre famílias (P<0,01) com relação ao caráter dormência de sementes. S. virgata e S. tetraptera apresentaram os maiores graus de dormência, com médias de germinação de 13,5 e 13,9%, respectivamente, enquanto que S. rostrata e S. sesban apresentaram os menores graus de dormência, com médias de germinação de 68,3 e 60,5%, respectivamente. Os valores estimados de CVg foram baixos para todas as espécies, variando de 9,94 a 14,93%, indicando que grande parte da variabilidade observada nessas populações foi devido a fatores não-genéticos. Os valores estimados de b foram mais elevados para S. tetraptera (b = 0,6769), S. sesban (b = 0,6332) e S. exasperata (b = 0,6306), sugerindo a possibilidade de seleção para o caráter dormência de sementes. Quanto à velocidade de germinação, S. virgata germinou mais lentamente, enquanto S. tetraptera e S. sesban apresentaram maior velocidade de germinação. Não foram observadas diferenças significativas para velocidade de germinação entre famílias.
Seed dormancy variability was analised among species and families of Sesbania SCOP. Thirteen families of the following five Sesbania species were evaluated: S. rostrata, S. exasperata, S. tetraptera, S. sesban and S. virgata. The trial was conducted at 20-30°C, for 15 days, in a completely randomized design with three replications of 50 seeds each. An analysis of variance was conducted unfolding the degrees of freedom of families within species. The coefficients of intraspecific genetic variation (CVg i) and genotypic determination (b) were estimated. Germination rates, measured indirectly by the average germination time, were also evaluated. High variability for seed dormancy was observed among species (P<0.01) and among families (P<0.01). S. virgata and S. tetraptera presented the highest dormancy, with average germination of 13.5 and 13.9%, respectively, while S. rostrata and S. sesban showed the lowest dormancy, with average germination of 68.3 and 60.5%. The estimated values of CVg i were low for all species, varying from 9.9 to 14.9%, indicating that most of the variability found in relation to dormancy in these populations is due to non-genetic factors. The estimated values of b were higher for S. tetraptera (b = 0.6769), S. sesban (b = 0.6332) and S. exasperata (b = 0.6306), indicating a possibility of selection for higher or lower dormancy levels. As for the germination rates, S. virgata was the slowest, in contrast with S. tetraptera and S. sesban, which presented the fastest germination rates. No significant differences for germination rates were observed among families.