A Força Muscular Respiratória é uma ferramenta capaz de diagnosticar diferentes desordens. As equações de referência até hoje descritas consideram diferentes populações e metodologias. Entretanto, não há consenso quanto a qual equação é ideal para se utilizar. O objetivo deste estudo foi comparar e correlacionar valores medidos de pressões respiratórias máximas com aqueles previstos por equações descritas na literatura. A amostra foi de 90 indivíduos saudáveis de 6 a 12 anos. Foram realizadas antropometria, espirometria e manovacuometria. A comparação dos valores medidos e previstos diferiu significativamente, apresentando pressão inspiratória máxima (PImáx) média (80,65±26,78), no sexo masculino, maior que a prevista por Wilson et al. (67,40±5,65; p<0,001) e Schmidt et al. (70,69±21,70; p<0,05). Pressão expiratória máxima (PEmáx) masculina média (84,35±23,16) foi menor que a prevista por Domènech-Clar et al. (92,25±16,90; p<0,01) e maior que a prevista por Schmidt et al. (72,78±13,62; p<0,001). Pressão inspiratória máxima feminina média (76,14±26,08) foi maior que a prevista por Wilson et al. (57,96±6,04; p<0,001), Schmidt et al. (68,54±7,08; p<0,01) e Domènech-Clar et al. (67,61±11,17; p<0,01). Pressão expiratória máxima feminina média (74,55±20,05) foi maior que a prevista por Wilson et al. (66,65±9,55; p<0,001) e menor que a prevista por Domènech-Clar et al. (81,16±14,37; p<0,01). As correlações entre valores medidos e previstos foram de baixa a média magnitude (variação entre r=0,1 e 0,5), sendo significativas para o sexo masculino quando a PImáx foi correlacionada à prevista por Wilson et al. (p<0,01) e Domènech-Clar et al. (p<0,05). Já para o sexo feminino, ambas as correlações foram significativas (PImáx p<0,01; PEmáx p<0,05). Concluiu-se que as equações não conseguiram predizer os valores de pressões respiratórias máximas, reforçando a necessidade de novas equações de força muscular respiratória.
Respiratory Muscle Strength is an important tool to diagnose different disorders. Reference equations considered different populations and methodologies. However, there is no agreement on what is the ideal equation to use. The aim of this study was to compare and correlate the measured values of maximal respiratory pressures with those demonstrated by equations described in literature. The sample consisted of 90 healthy individuals aged from 6 to 12 years old. Anthropometric, spirometric and manometric measurements were performed. The comparison between measured and predicted values was significantly different, showing the mean male maximum inspiratory pressure (maxIP) (80.65±26.78) to be higher than that predicted by Wilson et al. (67.40±5.65, p<0.001) and Schmidt et al. (70.69±21.70, p<0.05). The mean male maximum expiratory pressure (maxEP) (84.35±23.16) was lower than the one predicted by Domènech-Clar et al. (92.25±16.90, p<0.01) and higher than the one predicted by Schmidt et al. (72.78±13.62 p<0.001). The mean of female individuals' maxIP (76.14±26.08) was higher than that predicted by Wilson et al. (57.96±6.04, p<0.001), Schmidt et al. (68.54±7.08, p<0.01), and Domènech-Clar et al. (67.61±11.17, p<0.01). The mean female maxEP (74.55±20.05) was higher than the ones predicted by Wilson et al. (66.65±9.55, p<0.001) and lower than the one predicted by Domènech-Clar et al. (81.16±14.37, p<0.01). The correlations between measured and predicted values were from low to medium magnitude (range r=0.1 to 0.5) being significant for males when maxIP was correlated with that predicted by Wilson et al. (p<0.01) and Domènech-Clar et al. (p<0.05). For females, both correlations were significant (maxIP p<0.01; maxEP p<0.05). It was concluded that the equations failed to predict the values of maximum respiratory pressures, reinforcing the need for new equations of respiratory muscle strength.
La Fuerza Muscular Respiratoria es una herramienta capaz de diagnosticar diferentes desórdenes. Las ecuaciones de referencia hasta hoy descritas consideran diferentes poblaciones y metodologías. Entre tanto, no hay consenso en cuanto a que ecuación es ideal para utilizar. El objetivo de este estudio fue comparar y correlacionar valores medidos de presiones respiratorias máximas con aquellos previstos por las ecuaciones descritas en la literatura. La muestra fue de 90 individuos sanos de 6 a 12 años. Fueron realizadas antropometría, espirometría y manovacuometría. La comparación de los valores medidos y previstos difirió significativamente, presentando presión inspiratoria máxima (PImáx) media (80,65±26,78) , en el sexo masculino, mayor que la prevista por Wilson et al. (67,40±5,65; p<0,001) y Schmidt et al. (70,69±21,70; p<0,05). Presión expiratoria máxima (PEmáx) masculina media (84,35±23,16) menor que la prevista por Domènech-Clar et al. (92,25±16,90; p<0,01) y mayor que Schmidt et al. (72,78±13,62; p<0,001). Presión inspiratoria máxima femenina media (76,14±26,08) mayor que la prevista por Wilson et al. (57,96±6,04; p<0,001), Schmidt et al. (68,54±7,08; p<0,01) y Domènech-Clar et al. (67,61±11,17; p<0,01). Presión expiratoria máxima femenina media (74,55±20,05) mayor que la prevista por Wilson et al. (66,65±9,55; p<0,001) y menor que Domènech-Clar et al. (81,16±14,37; p<0,01). Las correlaciones entre valores medidos y previstos fueron de baja a media magnitud (variación entre r=0,1 y 0,5) siendo significativas para el sexo masculino cuando la PImáx fue correlacionada a la prevista por Wilson et al. (p<0,01) y Domènech-Clar et al. (p<0,05). Para el sexo femenino, ambas correlaciones fueron significativas (PImáx p<0,01; PEmáx p<0,05). Se concluyó que las ecuaciones no consiguieron predecir los valores de presiones respiratorias máximas, reforzando la necesidad de nuevas ecuaciones de fuerza muscular respiratoria.