Este estudo teve por objetivo avaliar o metabolismo do flúor (F) em ovinos. Para tanto, utilizaram-se 12 animais, com cinco meses de idade, os quais receberam como dieta base 3% do peso vivo de feno de alfafa e água ad libitum. Os animais foram divididos e constituíram um grupo Controle, que recebeu apenas sal iodado (5g de NaCl/animal + 0,2mg I/kg matéria seca) e, um grupo Tratado, que recebeu sal iodado adicionado de fluoreto de sódio (4,7mg F/kg de peso corporal). Esses sais foram administrados via sonda oro-esofágica, diariamente por um período de 150 dias. Para análise de F, coletaram-se amostras de sangue, urina e fezes e, ao fim do período experimental, após a eutanásia dos animais, coletou-se a glândula pineal e amostras de osso. Também nesta ocasião, coletou-se uma amostra de rim para exame histopatológico. Analisando-se os teores séricos, urinários e ósseos de F, verificou-se que foram significativamente superiores nos animais Tratados em relação aos Controles. Quanto ao F contido na glândula pineal, não houve diferença significativa entre os grupos. Na análise histológica do rim, não foram observadas alterações. Conclui-se que a administração crônica de flúor induz ao acúmulo desse elemento nos ossos, mesmo havendo um alto teor de cálcio na alimentação e esse acúmulo parece não ser nocivo aos animais. Em ovinos, a capacidade orgânica de acúmulo ósseo e excreção urinária do flúor é diferente de outras espécies animais.
The objective of the present study was to evaluate fluorine metabolism in growing lambs. Twelve 5-month-old male lambs maintained on alfalfa hay (3% BW) and non-fluorinated water ad libitum were used. Animals were allocated into Control, receiving 5g NaCl/animal/day + 0.2mg I/kg dry matter) and Treated group, receiving the same treatment plus sodium fluoride (4.7mg F/kg body weight). Mineral treatment was given by gavage, daily for 150 days. Blood, urine and fecal samples were collected during and the end of the experiment. At the end of treatment period animals were euthanized and kidney, pineal and bone samples were collected. Urine F was higher in treated animals throughout the experiment. Bone F levels were also increased in treated animals; pineal F content however, was not different between groups. Kidney histology revealed no differences. It is concluded that chronic F administration induces accumulation of the element in the skeleton. However such fact appears not to be detrimental to animals. Rates of F accumulation in bone and urine excretion obtained in other species can not be used in growing lambs.